O Athletico Paranaense enfrentou e venceu um grande desafio no início dos anos 2010: receber a Copa do Mundo de 2014. Indicado para ser a casa do Mundial em Curitiba, o Estádio Joaquim Américo passou por uma grande obra de reforma e conclusão, que começou em 2011.

Ao contrário de todos os outros estádios da Copa do Mundo, o Caldeirão foi concluído sem a participação de nenhuma grande empreiteira. Em um projeto apresentado por Mario Celso Petraglia e aprovado pelo Conselho Deliberativo no dia 25 de julho de 2011, o Clube optou pela autogestão das obras, através da criação da empresa CAP S/A.

O sucesso ficou comprovado no dia 23 de junho de 2014, quando o estádio recebeu seu primeiro jogo no Mundial. Diante de 39.081 pessoas, Irã e Nigéria empataram em 0 x 0.

O Caldeirão recebeu mais três partidas: Equador 2 x 1 Honduras, Austrália 0 x 3 Espanha e Argélia 1 x 1 Rússia. O público total durante a Copa foi de 157.051 pessoas.

Mas a saga da nova casa rubro-negra ainda não terminava por aí. Em 2015, o Caldeirão se tornou o primeiro estádio do continente com teto retrátil. E em 2016, o primeiro do Brasil com gramado sintético aprovado pela FIFA.

Uma grande campanha internacional, que terminou de maneira épica e apoteótica! Os adjetivos e superlativos não são exagero. A conquista da CONMEBOL Sudamericana 2018 foi um dos grandes capítulos da história centenária do Athletico Paranaense.

Cinco adversários ficaram pelo caminho antes da grande decisão: Newell's Old Boys (Argentina), Penãrol (Uruguai), Caracas (Venezuela), Bahia e Fluminense. Na disputa final pela taça, quem cruzou o rumo do Furacão foi o Junior Barranquilla.

E a equipe colombina foi um adversário duríssimo, que valorizou ainda mais o título conquistado pelo Athletico. Na primeira partida, em Barranquilla, Pablo colocou o Rubro-Negro em vantagem. Yony González igualou o placar dois minutos depois. O Junior ainda teve um pênalti a seu favor, mas Pérez acertou o travessão.

Na partida de volta, o Estádio Joaquim Américo recebeu seu recorde de público em jogos de futebol: 40.263 pessoas.

Mais uma vez, Pablo, o artilheiro da competição, deixou a sua marca e fez a Arena explodir. Mas nem isso abalou o adversário Téo Gutierrez marcou no início do segundo tempo, igualando o placar em 1 a 1. Resultado que permaneceu até o apito final.

Em transe, a torcida veria mais 30 minutos de prorrogação. E a tensão teve seu ponto máximo aos dois minutos da segunda parte, quando Yony González foi derrubado dentro da área pelo goleiro Santos. Um pênalti para o Junior que poderia ser fatal.

Jarlan Barrera tinha aos seus pés a chance de acabar com o sonho athleticano. Mas a energia do Caldeirão lotado fez a bola subir, sair por cima do travessão e ir parar no meio do povão rubro-negro! O "não-gol" mais comemorado da história da Baixada!

Só os pênaltis decidiram o dono do troféu. E na marca da cal, o Furacão foi mais eficiente. E a maior epopéia de todos os tempos terminou com Thiago Heleno tomando grande distância, correndo com confiança e estufando a rede com uma bomba!

O Athletico era campeão continental pela primeira vez!

A CAMPANHA
12 jogos
8 vitórias
2 empates
2 derrotas
21 gols marcados
7 gols sofridos

Primeira fase
– 12/04: Athletico Paranaense 3x0 Newell’s Old Boys
– 10/05: Newell’s Old Boys 2x1 Athletico Paranaense

Segunda fase
– 26/07: Athletico 2x0 Peñarol
– 07/08: Peñarol 1x4 Athletico

Oitavas de final
– 19/09: Caracas 0x2 Athletico
– 03/10: Athletico 2x1 Caracas

Quartas de final
– 24/10: Bahia 0x1 Athletico
– 31/10: Athletico (4) 0x1 (1) Bahia

Semifinal
– 07/11: Athletico 2x0 Fluminense
– 28/11: Fluminense 0x2 Athletico

Final
– 05/12: Junior Barranquilla 1x1 Athletico
– 12/12: Athletico (4) 1x1 (3) Junior Barranquilla

ELENCO CAMPEÃO

Goleiros
– Santos
– Felipe Alves
– Gabriel
– Lucas Macanhan

Zagueiros
– Thiago Heleno
– Paulo André
– Léo Pereira
– Zé Ivaldo
– Wanderson

Laterais
– Jonathan
– Renan Lodi
– Diego
– Marcio Azevedo
– Reginaldo

Meias
– Bruno Guimarães
– Nikão
– Lucho González
– Raphael Veiga
– Guilherme
– Wellington
– Camacho
– Rossetto

Atacantes
– Pablo
– Rony
– Marcelo Cirino
– Bergson
– Marcinho
– Bruno Nazário
– Demethryus

Na véspera da grande final da CONMEBOL Sudamericana 2018, o Athletico Paranaense deu outro grande passo rumo ao protagonismo nacional e internacional: o lançamento de sua nova marca.

O trabalho de criação envolveu a fundamentação de conceitos e valores, além de uma completa reformulação da identidade visual do Furacão.

Com as mudanças, o Athletico procurou reposicionar-se frente ao público e ao mercado, destacando a marca rubro-negra para torná-la mais conhecida, desejada e lembrada – e, portanto, mais condizente à imagem de um clube protagonista.

A construção da nova identidade visual fundamentou-se na definição de quatro diretrizes de valor – também chamadas de quatro ventos –, que funcionam como pilares que norteiam sua personalidade e atuação:

Vento da inovação:
o Furacão está sempre em movimento, olhando para o futuro e reinventando o futebol.

Vento da rebeldia:
o Furacão faz diferente, questiona o status quo e não tem medo de críticas.

Vento do entusiasmo:
o Furacão é intenso, coloca paixão em tudo o que faz.

Vento da ambição:
o Furacão sabe aonde quer chegar e não poupa esforços para conquistar seus objetivos.

Seguindo essas diretrizes, o desenho do novo escudo rubro-negro teve como inspiração a letra F (de Furacão), o uso de quatro listras (em alusão aos quatro ventos), dispostas em diagonal (como a bandeira do Estado do Paraná) e com traçado ascendente (em referência ao crescimento do clube), e o resgate do formato próprio de escudo (símbolo tradicional do futebol, presente no primeiro distintivo da história do Athletico).

A partir da junção desses elementos, o escudo do Athletico teve seu formato de círculo alterado para a forma de um escudo estilizado. Ao lado esquerdo do desenho, a inscrição do acrônimo CAP completou o novo símbolo rubronegro.

Outra alteração significativa foi na grafia do nome do clube, que recuperou a nomenclatura original da ata de fundação, em 1924, voltando a ser Club Athletico Paranaense.

Além de não haver nenhuma ata ou documento que registrasse a retirada oficial do “h”, ocorrida em função das mudanças de uso e costumes da língua, a retomada ortográfica permitiu um resgate histórico da identidade rubro-negra, ao fazer do CAP o único Athletico com “h” no país.

Repetindo uma estratégia já implantada em anos anteriores, o Athletico Paranaense disputou o campeonato estadual com sua equipe de aspirantes. Formado quase totalmente por jovens revelados nas Categorias de Formação, o time fez bonito jogando contra os elencos principais dos adversários e levantou o troféu!

A decisão do título foi em dois jogos contra o Coritiba. O primeiro, na casa do rival, terminou 1 x 0 para eles. Mas na partida de volta, o Caldeirão ficou lotado e viu a piazada rubro-negra vencer por 2 x 0, com gols de Bruno Guimarães e Ederson.

Foi o 24º troféu estadual conquistado pelo Furacão. Um título com sabor especial, que mostrou toda a força da prata da casa rubro-negra!

Pelo segundo ano consecutivo, o Furacão venceu o Campeonato Paranaense disputando a competição com uma equipe de Aspirantes. Atletas oriundos das Categorias de Formação do clube foram a base da equipe campeã, em mais uma conquista da piazada do Caju!

A campanha teve 15 partidas, com oito vitórias, três empates e quatro derrotas. O ataque marcou 28 gols, enquanto que a defesa sofreu 13.

O Athletico chegou à final ao derrotar a equipe principal do Coritiba e conquistar o segundo turno, a Taça Dirceu Kruger. O adversário na decisão seria o Toledo, que havia conquistado a Taça Barcímio Sicupira, no primeiro turno.

O confronto em dois jogos começou no interior, com vitória do time da casa por 1 a 0.

Mas no jogo de volta, no Caldeirão, a piazada athleticana deu o troco. No tempo regulamentar, triunfo de 1 a 0, com gol de Matheus Rossetto. E nos pênaltis, veio a conquista do troféu, cabendo a Khellven a cobrança que garantiu o bicampeonato!

A CAMPANHA
15 jogos
8 vitórias
3 empates
4 derrotas
28 gols marcados
13 gols sofridos

Taça Barcímio Sicupira
– 19/01: Athletico 0x1 Cascavel CR
– 23/01: FC Cascavel 0x0 Athletico
– 27/01: Rio Branco 0x2 Athletico
– 30/01: Athletico 1x2 Coritiba
– 03/02: Paraná Clube 1x1 Athletico
– 10/02: Athletico 1x0 Cianorte

Taça Dirceu Krüger
– 10/03: Athletico 8x2 Toledo
– 17/03: Maringá FC 0x4 Athletico
– 20/03: Athletico 3x0 Operário
– 23/03: Athletico 2x1 Foz do Iguaçu
– 31/03: Londrina 4x1 Athletico
– 06/04: Athletico 3x0 Rio Branco
– 10/04: Athletico 1 (7) x (6) 1 Coritiba

Final
– 14/04: Toledo 1x0 Athletico
– 21/04: Athletico 1 (6) x (5) 0 Toledo

ELENCO CAMPEÃO

Goleiros
– Léo
– Gabriel

Zagueiros
– Paulo André
– Zé Ivaldo
– Robson Bambu
– Lucas Halter
– Eder

Laterais
– Khellven
– Reginaldo
– Abner
– Nicolas

Meias
– Christian
– Erick
– Léo Cittadini
– Juninho
– Rossetto
– Bruno Leite
– Julian
– Matheus Anjos
– Gabriel Poveda
– Alex Nagib
– João Pedro
– Renzo

Atacantes
– Bergson
– Vitinho
– Bill
– Marquinho
– Jáderson
– Anderson Plata
– Demethryus
– Bruno Rodrigues
– Luiz Fernando

O título da CONMEBOL Sudamericana 2018 deu ao Athletico o direito de ser o representante da América do Sul no confronto com o campeão da J. League Cup, na Levain Cup. O Shonan Bellmare foi o adversário do Furacão, em Hiratsuka, no Japão.

Do outro lado do mundo, o Rubro-Negro mostrou seu valor e não deu chances à equipe japonesa. O primeiro gol athleticano saiu aos 40' da primeira etapa. Wellington cruzou na área e Marcelo Cirino tocou de cabeça para a rede.

No segundo tempo, o Athletico conseguiu ampliar o placar logo aos 11 minutos, com um golaço de Rony. O camisa 7 recebeu de Bruno Nazário, dominou no peito, ajeitou e soltou uma bomba, no ângulo. Sem chances para o goleiro Matsubara!

Thonny Anderson e Braian Romero ainda marcaram mais duas vezes para o Furacão, fechando o placar em 4 a 0. Um troféu intercontinental para a galeria athleticana!

ELENCO CAMPEÃO

Goleiros
– Santos
– Léo
– Caio

Laterais
– Jonathan
– Márcio Azevedo
– Madson

Zagueiros
– Léo Pereira
– Pedro Henrique
– Lucas Halter

Meias
– Bruno Guimarães
– Lucho González
– Wellington
– Léo Cittadini
– Nikão
– Tomás Andrade
– Bruno Nazário

Atacantes
– Marco Ruben
– Rony
– Marcelo Cirino
– Thonny Anderson
– Braian Romero

Ao longo dos 100 anos de história do Furacão, a conquista da Copa do Brasil 2019 será sempre lembrada como um dos capítulos mais gloriosos. Uma jornada que teve momentos de raça, superação e terminou com um golaço para a eternidade.

A campanha começou nas oitavas de final, contra o Fortaleza – empate em 0 a 0 no Ceará e vitória de 1 a 0 no Caldeirão, com gol de Marco Ruben aos 43' do segundo tempo.

Contra o Flamengo, nas quartas, o primeiro jogo foi na Arena. Léo Pereira marcou para o Athletico, mas o time carioca empatou: 1 a 1. A volta, no Maracanã, começou com a equipe da casa na frente. Mas Rony igualou e levou a disputa para os pênaltis. Nas cobranças, Santos defendeu duas vezes e Bruno Guimarães marcou o gol que garantiu a classificação!

Nas semifinais, aconteceu a histórica remontada diante do Grêmio. Após fazer 2 a 0 na primeira partida, em Porto Alegre, o time gaúcho já cantava vitória. Mas no Caldeirão, o Athletico foi gigante e devolveu o placar, com gols de Nikão e Marco Ruben. Mas uma decisão nos pênaltis. E mais uma vez, Santos decidiu, defendendo a última cobrança!

A grande decisão foi contra o Internacional. O confronto começou no Caldeirão completamente lotado. E totalmente enlouquecido com o gol de Bruno Guimarães, aos 12' do segundo tempo, garantindo o triunfo por 1 a 0.

O título seria decidido no Beira-Rio, diante de mais de 50 mil pessoas. E o Furacão ampliou sua vantagem com um belo gol de Léo Cittadini, aos 23' do primeiro tempo. O Inter chegou ao empate ainda na primeira etapa. Mas na raça e no toque de bola, o Rubro-Negro evitou a pressão, controlou a partida e administrou o placar favorável.

Até que aos 51' da etapa final a mágica aconteceu. Em uma jogada pelo lado esquerdo, Marcelo Cirino levou a bola para a linha de fundo. Marcado por dois colorados, ele parecia apenas aguardar pelo apito final. Mas com um movimento de gênio, meteu uma caneta de letra, correu para a área, cortou mais um defensor e rolou para Rony.

Gol antológico do Furacão! Campeão da Copa do Brasil!

A CAMPANHA
8 jogos
4 vitórias
3 empates
1 derrota
8 gols marcados
5 gols sofridos

Oitavas de final
– 16/05: Fortaleza 0x0 Athletico
– 05/06: Athletico 1x0 Fortaleza

Quartas de final
– 10/07: Athletico 1x1 Flamengo
– 17/07: Flamengo 1 (1) x (3) 1 Athletico

Semifinal
– 14/08: Grêmio 2x0 Athletico
– 04/09: Athletico 2 (5) x 0 (4) Grêmio

Final
– 11/09: Athletico 1x0 Internacional
– 18/09: Internacional 1x2 Athletico

ELENCO CAMPEÃO

Goleiros
– Santos
– Léo
– Caio

Zagueiros
– Paulo André
– Thiago Heleno
– Léo Pereira
– Lucas Halter
– Robson Bambu

Laterais
– Jonathan
– Renan Lodi
– Khellven
– Madson
– Márcio Azevedo

Meias
– Bruno Guimarães
– Lucho González
– Wellington
– Erick
– Léo Cittadini
– Nikão
– Bruno Nazário
– Tomás Andrade

Atacantes
– Marco Ruben
– Rony
– Marcelo Cirino
– Vitinho
– Thonny Anderson
– Braian Romero