Voltar para Voz da Torcida

Vitória épica e histórica

“Eu jogava porque tinha prazer de jogar. Qualquer peladinha eu queria fazer gol” – Barcímio Sicupira


(*) Luiz Claudio Romanelli

Para os torcedores brasileiros, a vitória espetacular do Athletico sobre o Boca Juniors na terça-feira passada, pela Taça Libertadores de América, foi um raio de luz nesta semipenumbra por que passa o nosso futebol, momento de reencontro com a magia do esporte que encanta multidões de todo o País.

O dia 2 de abril de 2019 passará para a história do Athlético Paranaense como a vitória de todas as vitórias. É uma vitória histórica. O jogo maravilhoso se deve ao trabalho do técnico Tiago Nunes e dos jogadores do Furacão. Eles protagonizaram esse momento histórico não só para os atleticanos mas para o futebol brasileiro.

Para nós, rubro-negros, muito além da vívida alegria experimentada em cada um dos três gols marcados pelo atacante Marco Ruben, foi a reafirmação de que o Athletico está no rumo certo: com planejamento, determinação e sabedoria na definição das prioridades, o Furacão da Baixada vai fazer história e este 2 de abril de 2019, data da vitória arrasadora sobre o Boca, tem tudo para ficar marcado como o momento da grande arrancada.

Nossos jogadores estão de parabéns pelo que mostraram em campo: a marcação no meio-campo, a combatividade no desarme, o jogo solidário na hora de recuperar a bola do adversário, a rapidez no contra-ataque… Teve até tabelinha, sem falar na precisão das finalizações.

Um elenco veloz e criativo, com ótimo conjunto tático dentro de campo.

Enfrentamos um adversário aguerrido, uma característica perene dos argentinos nas competições continentais, e taticamente sólido – sem falar da mística de sua extraordinária camisa: o time portenho tem nada menos que seis Libertadores e duas Sul-Americanas em sua sala de troféus.

Então, como se esperava, foi um jogo acirrado, cheio de opções, de duas equipes talentosas e com muita gana para vencer. Mas o Athletico soube aproveitar as oportunidades que criou e mereceu esta vitória consagradora, testemunhada por 33 mil felizes rubro-negros.

Uma partida inesquecível que vimos na Arena da Baixada, em que o técnico Tiago Nunes teve também um papel importantíssimo com as alterações que fez no momento certo ao longo dos 90 minutos. A deliciosa ironia de um atacante argentino marcar os três gols do jogo fica como a cereja do bolo, que certamente teve um gosto amargo para los hermanos.

Depois de um jogo desses, o espírito já aquietado da emoção, nossa imaginação de rubro-negros voa para longe, vai lá para o alto. Temos grandes ambições, não há como negar, nem pedimos desculpas por isso.

Tudo vem num processo gradual, construído passo a passo, sob a liderança do Mário Celso Petraglia e com o trabalho árduo da atual diretoria, comandada pelo presidente Luiz Salim Emed.

A inauguração da Arena da Baixada, em 1999 – já então um dos mais modernos estádios de futebol do mundo, depois adaptado para a Copa do Mundo de 2014 –, a conquista do campeonato brasileiro, em 2001, a vice no brasileiro de 2004 e na Libertadores do ano seguinte e, finalmente, o primeiro título continental em 2018, com a vitória na Sul-Americana.

Estas façanhas não apenas colocam o Athletico na elite do esporte mais popular do planeta, como também consolidam a nossa capital, Curitiba, no mapa das grandes competições do futebol internacional.

Mas, para cumprir seu destino de campeão, o Athletico precisa se manter fiel ao roteiro estabelecido: fazer escolhas difíceis na hora de estabelecer prioridades, transmitir confiança aos jogadores e à comissão técnica etc.

Acredito que as conquistas do rubro-negro podem e devem ser compartilhadas com todos os torcedores paranaenses.

Porque todos os que amam o futebol vão se beneficiar da escalada irresistível do glorioso Club Athletico Paranaense.


(*) Luiz Claudio Romanelli, advogado, é deputado estadual pelo PSB e sócio do Furacão.

Comentários

VALÉRIA NITSCHE
6 anos

Excluir
?????❤️

Skip to content