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Em 96 anos, apenas a Revolução de 1930 havia parado o futebol do Athletico

O Athletico Paranaense suspendeu os treinos de todas as categorias até segunda ordem, devido à pandemia do Covid-19, o novo coronavírus. Os campeonatos estão parados e não há previsão de quando a bola voltará a rolar. 

A situação só tem paralelo em um único episódio ao longo dos quase 96 anos de história do Clube: a Revolução de 1930.

Naquele ano, em meio à campanha que levou o Furacão à conquista do bicampeonato do Estadual de forma invicta, o Campeonato Paranaense ficou três meses paralisado devido ao momento turbulento da política nacional.

O primeiro turno foi disputado entre 27 de abril e 24 de agosto. Mas o início da segunda fase foi adiado devido à crise política que culminou em 3 de outubro. Nesta data, um golpe de estado impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e conduziu Getúlio Vargas ao poder, instaurando a ditadura do Estado Novo.

Com o advento da revolução, o campeonato só foi retomado no dia 7 de dezembro, apenas pelos quatro primeiros colocados, que ainda estavam na briga pelo título, no sistema de disputa por pontos corridos.

Quando a bola voltou a rolar, o Athletico seguiu em frente com sua campanha invicta. O time comandado por Alberto Gottardi e Marreco assegurou o título após uma vitória de 3 a 2 sobre o Coritiba, já no dia 4 de janeiro de 1931.

Além da campanha perfeita, aquela conquista ficou marcada pela composição, pelo atacante Zinder Lins, das estrofes originais no hino do Furacão. 

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