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O romantismo não paga a conta do futebol e nem ganha títulos!

Qualquer um que está no futebol, seja trabalhando, estudando ou torcendo relembra com carinho a época romântica das nossas instituições, neste período, por exemplo, o treinador não ganhava mais que os jogadores. Tudo mudou, salários astronômicos, técnicos se achando dono da instituição, jogadores vaidosos e o amor morreu. Só ficou na arquibancada.

O futebol é negócio e negócio exige a frieza do profissionalismo para não acabar em nada! Temos exemplos na cidade de instituições que viverão para sempre de passado que resume a conquistas regionais. Qualquer participação nacional será um fiasco como perder seguidamente para times amadores em campeonato que somos campeões!

A medida provisória da televisão tem tudo para ajudar, porém o diferencial está na verba dos sócios para quem tem estádio com essa possibilidade.

A torcida precisa ter a consciência que ser sócio de um clube vencedor é para contribuir e não ver jogos. Por aqui temos o benefício da entrada, mas em cenário ideal, isso deveria ser a parte.

Sou um defensor de planos de associados com mais opções, abrangendo mais público e aumentando a renda. O nosso
estádio tem possibilidades de setorizações para valorizar cada espaço.

É claro que tenho a sensibilidade de compreender a dificuldade que muitos passam para pagar a mensalidade, de ir aos jogos e comprar produtos. Também tenho empatia para entender as respostas nas redes sociais da campanha #euajudei em plena pandemia, mas como dito no início: o mundo mudou.

Se fôssemos esperar por patrocínio e televisão, nós nunca teríamos estádio, títulos e condições de ser um clube grande.

Em 2019, a nossa receita com patrocínio foi 16% do que ganhou o Palmeiras, 25% do Flamengo, 27% do
Corinthians, 42% do Internacional e 54% do Grêmio.

Enquanto da televisão, fomos a décima receita da Série A (isso porque acertadamente ficamos fora do PPV – aumentando nossa verba da tv aberta) e mesmo assim recebemos apenas 38% do que ganhou o Flamengo, 43% do Corinthians, 49% do Palmeiras, 55% do São Paulo e 72% do Grêmio. Para ficar apenas nos 5 primeiros.

Quem está fora do eixo e não é querido da mídia, o diferencial está na torcida!

O romantismo sempre estará em nossos corações, mas para repetirmos o último biênio é necessário a frieza dos negócios.

Saudações Rubro-Negras,
Fernando Henrique Kuchenbecker

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