Esclarecimento ausência Dagoberto

O diretor desportivo do Clube Atlético Paranaense, Marcos Moura Teixeria, explicou a ausência do atacante Dagoberto na partida contra a Ponte Preta. Confira a explanação:

“Nesta última semana, nós, que trabalhamos no dia-a-dia da área técnica, entendemos que seria importante procurar as pessoas que representam o Dagoberto para que tentássemos encontrar uma solução. Todos sabem que essa é uma situação que agoniza o jogador, o dia-a-dia do trabalho e o próprio clube. Entendemos que era importante também fazer uma tentativa. Colocar a própria dificuldade que o jogador enfrenta. Porque essa é uma situação que pesa. É difícil ficar levando isso no dia-a-dia e para o nosso próprio trabalho.

Foi só uma conversa (com os representantes do Dagoberto) que tivemos no meio da

Marcos Moura Teixeira explicou a ausência de Dagoberto Foto: Site oficial

semana passada. Estávamos aguardando que eles trouxessem uma solução ou uma alternativa para que as coisas ficassem resolvidas ou definidas de uma maneira. Ou permanência ou mesmo de uma saída, porque havia possibilidade. Sabemos que têm clubes que procuram o Dagoberto, clubes de São Paulo. Então estávamos tentando ver se eles nos traziam alguma alternativa, uma solução. Tivemos um encontro hoje e eles não nos trouxeram nenhuma alternativa. Nos disseram que talvez até sexta-feira isso pode acontecer. Nós entendemos que é preciso dar uma solução para isso. É importante para o clube, para o dia-a-dia do trabalho e para o próprio Dagoberto.

Em função disso, através de um consenso da área técnica e da direção do clube, entendemos que seria melhor que o Dagoberto não participasse do jogo de hoje. Enquanto aguardamos que eles tentem nos trazer uma solução que seja viável e que possa trazer beneficio a todos.”

Respostas da coletiva

“O que achamos importante e o que tem sido bem claro para mim, desde que cheguei aqui, é que isso tem sido um fator que não tem contribuído para o sucesso da equipe. É um fato que tem dificultado o trabalho, que está sempre presente e que nunca vemos uma solução. É muito importante termos uma solução para que todo o trabalho, que seja com ou sem Dagoberto – caso ele fique como fique e caso não fique o que vai acontecer – possa fluir. É só isso que desejamos e foi nesse sentido que os procuramos, não foram eles que nos procuraram para conversar. Eu sei que pelo lado de lá houve uma tentativa, houve um esforço nesse sentido, mas me parece que um fato básico que temos é que o atleta não está interessado na renovação. Eu falei que se não está interessado na renovação, vamos buscar outras soluções. Vamos ver o que podemos fazer, porque é importante para o Dagoberto, para o clube e para o trabalho. Então, a conversa e o objetivo foram nesse sentido desde o início.”

“Não apareceu nenhuma proposta até agora. Se tivesse aparecido, seria um princípio de solução para tratarmos do assunto. Sabemos que um dos clubes que vemos como provável é o próprio São Paulo e talvez existam outras alternativas, não sei. Mas o São Paulo é um clube que estamos sentindo que tem alguma relação com esse processo. Mas não temos nada oficial, não pensamos nisso. Queremos uma solução e foi isso que pedimos a eles. Que nos trouxessem algum tipo de possibilidade para que pudéssemos dar seguimento.”

“Eu não vejo como um impedimento, impossibilidade total. Se fosse melhor para o clube e para o atleta que ele fosse para um clube aqui do Brasil, não vejo isso como uma impossibilidade. Mas acho que isso deveria ser feito às claras. Isso deveria vir como uma proposta e o clube analisaria. Até porque não se considerou, em nenhum minuto, que o Dagoberto não pode fazer cinco, seis, sete partidas. Não importa. Se o Dagoberto fizer sete partidas, ele não pode jogar por nenhum clube do Brasil. Então, ele tem que permanecer aqui. Essa pendenga jurídica permaneceria e a coisa ficaria complicada. Aí vamos arrastar esse processo até o ano que vem?”

“Eu falei com ele diretamente e ele em nenhum minuto demonstrou estar furioso. Tive uma conversa normal com ele, comuniquei e é um fato que já vem seguindo há muito tempo. Precisamos de uma solução. Do lado de lá eles precisam trabalhar nesse sentido.”