Clube
Um sincero convite ao candidato da oposição
Há poucos dias a Gazeta do Povo fez uma matéria sobre a oposição no Atlético. Para o jornal, são dois os opositores: Henrique Gaede e José Carlos Farinhaki. Há críticas (compreensíveis), mas também alguns elogios em relação aos avanços do Atlético nos últimos anos. A Gazeta sugere que o candidato que deve unir a oposição é mesmo Gaede. E é ao Gaede que eu, falando em nome da atual direção, quero dirigir um especial apelo.
Na reportagem, Gaede ressalta a grande dificuldade que o Clube tem em fazer valer o acordo tripartite – com o Estado e o Município –, razão única das dívidas do clube. O candidato da oposição tem integral razão: o clube tem direito, mas enfrenta dificuldade para ver este direito reconhecido. Gaede tem uma opinião que me pareceu muito pertinente. Ao reconhecer que há uma vontade de o Estado e o Município resolverem as pendências, sugere que eu, Mario Celso, seria o entrave. Para Gaede, eu me “indisponho muito fácil com as pessoas” e, por esta razão, propõe a mudança do interlocutor. Farinhaki concorda.
Estou aqui para acolher a análise do Gaede. Realmente me desgastei muito na defesa dos interesses do Clube, tentando fazer valer o combinado de dividir em três partes o custo do estádio. Reconhecendo este desgaste, quero convidá-lo para, desde já, ser o interlocutor exclusivo do Atlético. Todos me dizem que o Henrique Gaede tem mesmo um excelente relacionamento com o Prefeito Gustavo Fruet e, em especial, com o Procurador-Geral, Joel Macedo. São muito amigos, me contam. Ninguém melhor que o próprio Gaede para ser o interlocutor do Atlético junto ao Município – onde está, pelo menos em minha percepção, a maior dificuldade para avançarmos em um acordo. Direito o Clube tem; falta mesmo um interlocutor eficiente. Gaede é nome.
O Henrique Gaede é reconhecidamente um grande atleticano. E como todo atleticano que se preze, está sempre disposto a ajudar o clube – independentemente de disputas políticas. O Clube é maior do que circunstancias diferenças políticas. O Atlético tem de estar acima de tudo. Sendo assim, a Diretoria outorga procuração para que Gaede tente o acordo com o Município, fazendo valer o tripartite. Mais do que isso. Queremos fazer um apelo ao Gaede para que nos ajude. Eu, Mario Celso – considerado o “entrave” pela oposição –, saio de cena e dou o lugar para Henrique Gaede comandar o diálogo com o Município. Faço isso porque o Clube não pode esperar as eleições. Temos de agir desde já.
E aproveito para convidar também o Farinhaki. Na reportagem, o ex-presidente diz que meu tempo chegou ao fim. Clama por renovação. Acho que o Farinhaki pode representar muito bem a renovação. E não acho que o tempo dele tenha chegado ao fim. Ainda tem muito para oferecer ao Atlético.
De qualquer forma, nosso apelo é mesmo para que Henrique Gaede, a partir de agora, seja o único interlocutor do Atlético junto ao Município. Carta branca dada pela Diretoria. Não é necessário eleição nenhuma. Contamos desde já com você, Gaede. Vá lá e convença o Município a honrar a sua parte no tripartite. Ajude o Clube, independentemente de nossas eventuais divergências. O Atlético deve estar em primeiro lugar. Sempre.
Saudações atleticanas!
Mario Celso Petraglia
Presidente do Conselho Administrativo do Atlético Paranaense