Desde que foi promovido à equipe principal do Athletico, no início de 2019, ele se tornou uma das principais peças do elenco. Quatro anos depois, Khellven já tem seu nome escrito na história do Furacão e está prestes a atingir a marca de 150 jogos pelo clube.

Nas 149 partidas em que vestiu a camisa rubro-negra até agora, o lateral-direito ajudou o Athletico a conquistar quatro troféus: Copa do Brasil 2019, CONMEBOL Sudamericana 2021 e dois Estaduais (2019 e 2020). Foram 76 vitórias, 32 empates, 41 derrotas e sete gols marcados.

O jogo 150 pode acontecer neste sábado (4), quando o Furacão enfrenta o São Joseense, na primeira partida das quartas de final do Campeonato Paranaense.

No Athletico desde 2018, quando chegou para defender a equipe Sub-17, Khellven está orgulhoso por ter se firmado como um atleta importante para o clube nas últimas quatro temporadas. E quer tornar esta história ainda mais vitoriosa em 2023.

“O sentimento ao completar 150 jogos é de muito orgulho, de dever cumprido. Que não pare por aí. Que venham muitos títulos, muitos jogos e que este ano seja de muitas conquistas para nós”, diz Khellven, que relembra momentos marcantes nessa trajetória.

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A chegada no Furacão

Khellven é natural de Alexandria, no Rio Grande do Norte. Mas estava jogando na Grande Florianópolis, com apenas 17 anos, quando o Athletico entrou em sua vida.

“A primeira vez que entrei aqui no CAT foi em um amistoso do Athletico contra o Guarani de Palhoça, que era a minha equipe, no Sub-17. Depois do jogo fomos almoçar no restaurante e já vi que a estrutura era top, a melhor do Brasil. E quando voltei para Palhoça, fiquei com aquilo na cabeça. Quando veio o interesse do Athletico pelo meu empréstimo fiquei muito feliz e logo de cara disse sim. Aí começou essa grande história”.

Titular na final da Copa do Brasil

Já em seu segundo ano no CAT Caju, Khellven ganhou a oportunidade de integrar o elenco profissional do Furacão. Sua estreia foi no amistoso contra o General Díaz, do Paraguai, no dia 13 de fevereiro de 2019.

Na sequência, participou da conquista do Campeonato Paranaense com a equipe de Aspirantes. E às vésperas da decisão da Copa do Brasil, ganhou mais uma chance de ouro, que não iria desperdiçar.

“Eu já vinha treinando com o grupo, estava muito feliz e queria aproveitar ao máximo aquele momento. Fui chamado para jogar a segunda partida da semifinal, porque o Jonathan estava suspenso e o Madson não podia jogar. Joguei aqui na Arena, a gente foi bem e daí joguei os dois jogos da final. Um filme passou na minha cabeça, desde a minha cidade natal que eu sonhava em jogar profissionalmente, mas nunca imaginava que seria tão rápido assim. Quando eu pisei na Arena foi uma felicidade enorme, ainda mais porque saímos com a vantagem para o jogo lá do Beira-Rio. Lá, eu fiquei bastante nervoso, mas conseguimos sair com a vitória e o título”.

Golaço na decisão do Paranaense

Em 2020, Khellven voltou a conquistar o Campeonato Estadual, desta vez com a equipe principal. Na segunda partida da final, contra o Coritiba, no Couto Pereira, ele estava no banco de reservas e a decisão se encaminhava para os pênaltis, quando foi chamado para fazer história de novo.

“Foi um sentimento de muita felicidade. Eu não imaginava que entraria naquele jogo. Estava no banco, ansioso, mas sabia que minha chance de entrar na partida era bem pequena. O Adriano jogou de lateral-direito e ainda tinha o Jonathan no banco. Mas no finalzinho do jogo o professor Dorival me chamou para entrar. Quando o Abner cruzou a bola, que o Rhodolfo tirou, eu só pensei em dominar e chutar para o gol. Peguei muito bem na bola e fiz um gol muito bonito. Foi muito importante, porque foi em uma final e em um clássico”.

Depois, Nikão ainda marcou mais um golaço, dando a vitória ao Athletico. Era o quarto troféu de Khellven com a camisa rubro-negra.

Fotos: José Tramontin/athletico.com.br – Arquivo