Clube

Candidatura ibérica aposta em hotéis e estádios para sediar a Copa de 2018

 É com o lema "jogamos como um time em busca do sonho" que espanhóis e portugueses esperam ser os escolhidos pela Fifa para sediar a Copa do Mundo de 2018. Os países ibéricos juntam força em uma só candidatura para enfrentar a tradição inglesa, o poderio econômico russo e a boa logística de Holanda e Bélgica, que também oferecem uma proposta conjunta. Para isso, além da união, Espanha e Portugal apostam em uma infraestrutura quase toda pronta e estádios de alto nível para atrair os votos do Comitê Executivo da Fifa na votação desta quinta-feira em Zurique.

– Nós somos a candidatura que oferece o maior número de ingressos à venda e a que vai precisar do menor número de investimentos em infraestrutura, por conta da grande qualidade que temos aqui. Além disso, nós estamos bem servidos de quartos de hotel, mais do que o solicitado pela Fifa – disse Miguel Ángel López, Diretor Geral da candidatura Ibérica, que já conta com 85 mil dos 60 mil quartos de hotel exigidos pela Fifa para a competição.

E portugueses e espanhóis, que terão o voto do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, não pouparam na hora de oferecer seus estádios para o torneio: ao todo são 21 espalhados por 18 cidades localizadas nos dois países. De todas essas arenas, apenas cinco serão erguidas caso os países recebem o direito de sediar o torneio – todas elas na Espanha, nas cidades de Valência, Málaga, Bilbao, Zaragoza e Vigo – e outras nove precisariam de melhorias. O restante já estaria pronto para receber jogos de uma Copa do Mundo.

Além dos estádios, a candidatura ibérica oferece boas condições de hotéis e infraestrutura, que, segundo os organizadores, já existem em número suficiente nos dois países. Além disso, a experiência de ter organizado eventos relativamente recentes como a Copa do Mundo de 1982 e as Olimpíadas de 1992, ambos na Espanha, e a Eurocopa de 2004, em Portugal, são utilizados como trunfo por parte dos dois países. Agora, depois das competições realizadas de forma separada, é a vez dos dois vizinhos juntarem suas forças em prol da busca pelo sonho.

– Somos dois "países irmãos" e, depois de cada um ter sediado tantos eventos importantes, nós achamos que era a chance de sediar uma Copa do Mundo juntando a experiência dos dois países com eventos desse porte – acrescentou López.

Ídolos se unem a favor da candidatura

Outro trunfo da candidatura é o apoio de ídolos das duas seleções. Nomes da atualidade, como os capitães das duas seleções Iker Casillas e Cristiano Ronaldo, e craques do passado, como Fernando Hierro e Luís Figo, apoiam a proposta ibérica e vão marcar presença na escolha das sedes, na próxima quinta-feira, assim como figuras lendárias como Eusébio e Vicente del Bosque. Além disso, Espanha e Portugal se enfrentaram há duas semanas para promover a oferta conjunta.

Todos esses nomes contribuíram para que as duas seleções chegassem a um lugar de destaque no futebol mundial. Se Cristiano Ronaldo e Figo foram eleitos os melhores jogadores do mundo em 2008 e 2001, respectivamente, Casillas e Del Bosque obtiveram papel de destaque no título da Fúria, neste ano, na África do Sul. Com a boa qualidade de clubes e jogadores, é inevitável que a população deixe de abraçar o projeto.

– O nosso lema "jogamos como um time em busca do sonho" não só é a essência do futebol, mas também o espírito desta candidatura, que tem o apoio incondicional da população e dos governos dos países.

Além de 2018, os membros do Comitê Executivo da Fifa vão definir também quem vai sediar o torneio em 2022. Como o rodízio de países promovido pela Fifa não permite que nenhum europeu receba a competição, Estados Unidos, Austrália, Qatar, Coreia do Sul e Japão são as cinco candidaturas no páreo para o primeiro Mundial da próxima década.

Skip to content