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Com ou sem abertura da Copa, Mané Garrincha terá 70 mil lugares

O Estádio Nacional de Brasília, o novo Mané Garrincha, terá 70 mil lugares mesmo que a capital federal não receba a abertura da Copa de 2014. Quem bateu o martelo foi o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

Agnelo afirma que Brasília precisa de uma arena de grande porte para comportar melhor os megaeventos que desembarcam na cidade. O governador classificou de "vergonhosos" os espaços que a capital oferece atualmente para shows e espetáculos esportivos.

"O estádio abrigará 70 mil pessoas e terá papel vital para a cidade, mesmo depois das importantes realizações esportivas. Vamos fazer um estádio para os próximos 50 anos e não apenas para a Copa. Brasília precisa de um grande palco multiuso para entrar também no circuito internacional de espetáculos", disse Queiroz.

Mudança de discurso

A decisão do governador significa uma mudança de rota em relação ao discurso da última eleição, realizada em outubro passado.

Durante o pleito, o então candidato era favorável à redução da capacidade do estádio, que já foi classificado pelo Ministério Público como um futuro "elefante branco" e cujo custo deve passar da casa de R$ 1,1 bilhão.

Em novembro, após vencer a eleição, Queiroz havia afirmado que se a abertura da Copa fosse confirmada para a cidade de São Paulo, o novo Mané Garrincha teria a capacidade reduzida de 70 mil para 40 mil lugares.

"Confirmado isso [a escolha de São Paulo para a abertura], não justifica que o Distrito Federal faça um estádio para 70 mil lugares. Nós teremos que rever o projeto para reduzi-lo para cerca de 40 mil lugares”, afirmou então Queiroz.

Tribunal quer parar obra

Desde a semana passada, as obras do Mané Garrincha correm o risco de ser paralisadas pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). O órgão ameaça cancelar o contrato argumentando que não há garantias orçamentárias para a continuidade da construção.

Além disso, a exemplo do Ministério Público, o tribunal afirma que o novo estádio pode se tornar um “elefante branco” depois do Mundial.

Toca a obra o consórcio formado pelas construtoras Via Engenharia e Andrade Gutierrez.

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