Clube

Nem: ‘O Atlético sempre vai estar dentro do meu coração’

Rinaldo Francisco de Lima. Pelo nome de batismo poucos o conhecem. No entanto, quando falamos o seu apelido, imediatamente aflora a imagem do capitão do principal título na história do Clube Atlético Paranaense. Nem, um dos líderes daquela equipe que conquistou o Brasil, terá seu nome eternizado na galeria de ídolos do Furacão.

Natural de Recife, o zagueiro chegou ao Atlético em 2001 e não demorou para cair nas graças da torcida atleticana. Jogador com inerente liderança, formou ao lado de Gustavo e Rogério Corrêa um trio quase intransponível na campanha do título de campeão brasileiro.

Nem: capitão do time campeão de 2001

Apesar de ter passado por outros grandes clubes do país e do exterior, Nem não titubeia em afirmar qual foi o principal momento da sua carreira. "Eu falo para todo mundo. O Atlético sempre vai estar dentro do meu coração. Lá conquistei o título mais importante da minha carreira. Ainda mais da forma que foi conquistado, com todo grupo junto, unido. O Atlético vai caminhar comigo até o resto da minha vida", afirmou.

Titular em todas as partidas que disputou no Brasileirão de 2001, o capitão rubro-negro fez questão de destacar dois jogos que o marcaram durante a campanha. "Ainda no 1º Turno, teve um jogo contra a Portuguesa, aqui dentro da Arena mesmo. Nessa partida, eu fui virar uma bola para o Fabiano (lateral-esquerdo) e acertei no peito do Ricardo, centroavante da Lusa. Ele dominou e, para minha infelicidade, acertou um chute na gaveta. Com esse gol, fomos para o vestiário perdendo de 1 a 0. Quando cheguei no vestiário, todos os meus companheiros vieram falar comigo pedindo para eu não me preocupar pois íamos ganhar aquele jogo. Naquele momento, o estádio inteiro estava me xingando. Mas voltamos para o 2º tempo e viramos a partida para 3 a 1", relembrou Nem.

Além deste duelo com a Lusa, válido pela 11ª rodada campeonato, outra partida do Brasileirão que ainda está viva na memória de Nem é o duelo contra o São Paulo, pelas quartas-de-final da competição.

"Outro jogo que ficou marcado foi o contra o São Paulo. Tínhamos que neutralizar o Kaká. Infelizmente ele acabou saindo daquele jogo, ninguém queria que ele saísse. Porém, ele acabou se lesionando em um lance que eu e o Cocito disputamos com ele. Mas aquilo foi uma fatalidade", recordou o capitão.

Com 68 gols marcados em 31 jogos na competição, o ataque do Atlético, formado por Alex Mineiro e Kléber, foi um dos trunfos do CAP na campanha do título. Entretanto, enquanto os jogadores de ataque aproveitavam para balançar as redes, o sistema defensivo do Furacão segurava as pontas lá atrás.

Para Nem, o entrosamento entre ele e os zagueiros Gustavo e Rogério Corrêa foi essencial para o sucesso do time em 2001. O capitão, um líder nato dentro e fora de campo, não esqueceu de exaltar o trabalho de marcação imposto pelo técnico Geninho e dividiu os méritos com o restante do elenco.

"O relacionamento entre o trio de zaga era muito bom. Conversamos logo quando o Geninho assumiu o CAP. Nós três tínhamos as funções muito bem determinadas. Eu corria menos e eles corriam mais. Chegamos ao consenso que tinha que ser assim, afinal eles era mais rápidos que eu. Mas naquele ano já tínhamos colocado que não adiantava somente três jogadores marcarem. A marcação já começava lá na frente, com o Alex Mineiro e o Kléber. Nosso meio-campo também era muito poderoso. Assim, só sobrava para nós ali atrás bolas espirradas e ficava muito mais fácil. O fundamental naquele ano é que todos marcavam", contou o ex-defensor.

Com uma campanha irrepreensível, com 19 vitórias, seis empates e apenas seis derrotas, Nem admitiu que após a vitória sobre o São Paulo por 2 a 1, no mata-mata da competição, teve a certeza que a taça de campeão iria para a sala de troféus da Arena.

"Tive essa sensação quando ganhamos do São Paulo. Por tudo que estava envolvido, com o Kaká na época sendo apontado como um dos maiores jogadores do Brasil e jogando muito. Então quando jogamos e ganhamos do São Paulo, voltamos para o CT e falamos que ninguém mais tiraria o título da gente, nós íamos ser campeões e não perderíamos mais para ninguém", afirmou o capitão Nem.

Skip to content