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Petraglia relembra momentos da conquista do título do Brasileiro de 2001

Não há torcedor rubro-negro que não se lembre de 23 de dezembro de 2001. Pela primeira vez, o Atlético Paranaense levantava a taça maior do futebol nacional, a do Campeonato Brasileiro.

Conquista que ficou eternizada no coração de cada um dos milhares de atleticanos. Muitos deles, aliás, que fizeram festa na recepção dos craques já na madrugada do dia seguinte, mesmo sob chuva, nas ruas de Curitiba.

Um dos principais responsáveis pela conquista da estrela dourada que hoje está acima do escudo do Rubro-Negro, o presidente do CAP, Mario Celso Petraglia, conta um pouco daquele momento. E relembra com carinho de detalhes daquele feito de 10 anos atrás, ocasião em que o Furacão conquistava o Brasil.

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O senhor é sempre lembrado como um presidente bastante atuante nas decisões do Departamento de Futebol. Como foi para o senhor ter participado da montagem daquele time que se tornaria campeão brasileiro?
Mario Celso Petraglia: Foi uma soma de jogadores da casa e jogadores com experiência. Bons jogadores, que formaram um grupo que se transformou em um espírito vencedor, de amizade e companheirismo. Independentemente de não investirmos o que gostaríamos no futebol, porque tínhamos naquele momento a necessidade de estabelecermos nossa infra-estrutura e patrimônio, ainda tivemos condições de montar bons times de futebol. Como o de 1996 [quarto colocado do Brasileiro], depois o de 1999 [Campeão da Seletiva da Libertadores] e depois o que foi responsável pela nossa máxima conquista de 2001.

Foram times montados sem o sacrifício do patrimônio em favor do futebol. Sempre foi o contrário. Nós sempre sacrificamos o futebol para investirmos em futuro, que era a nossa infra-estrutura. E, graças a isso, hoje o Atlético Paranaense está em condições de praticamente concluir o seu projeto com uma das melhores infra-estruturas do Brasil. Sem dívidas, projetamos essa nossa segunda fase do nosso crescimento para figurarmos definitivamente como um dos maiores clubes do Brasil e das Américas.

Os jogadores daquela conquista se lembram com muito carinho daquele momento e mostram um grande respeito não só pelo clube e pela torcida, mas também pelo senhor. Como foi o relacionamento do senhor com o elenco durante a competição?
Mario Celso Petraglia: Foi muito gratificante, com o maior respeito e consideração. Haja vista a reciprocidade quando praticamente todos compareceram à festa de 10 anos [do título brasileiro, no jogo beneficente realizado na Arena no último domingo] e fizeram questão de nos apoiar nas eleições para a presidência do clube em 2011. Demonstra o sentimento de gratidão e carinho que eles têm pelo Atlético Paranaense. A maioria deles é de torcedores do nosso Furacão. É também o reconhecimento e a gratidão a nós, que lideramos o processo e sempre os tratamos com o maior respeito e consideração.

Como foi a emoção no retorno da delegação com a taça e o primeiro contato com a torcida atleticana já na madrugada do dia 24, na chuvosa Curitiba?
Mario Celso Petraglia: Tivemos alguns problemas no retorno. O avião fretado pela Tam demorou seis horas para que ficasse à nossa disposição para a nossa volta. Mas mesmo assim a nossa torcida, que é o grande patrimônio do clube, permaneceu nas ruas de prontidão, no aeroporto e em todo o trajeto até o centro da cidade. Depois, nos reunimos no carro de bombeiros e fomos mostrar a taça e comemorar na Arena da Baixada, já na madrugada do dia seguinte. Realmente, são momentos inesquecíveis que palavras não expressam nem demonstram aquilo que nós tivemos oportunidade, a satisfação e a alegria de viver em sintonia com toda a nação atleticana. Foi muito gratificante. Principalmente porque nós havíamos prometido que em 10 anos seríamos campeões brasileiros. Conseguimos alcançar esse objetivo em seis anos.

Desde 1996, quando o Grêmio ficou com a taça naquele ano, que a conquista do Brasileirão não saía das mãos dos times de Rio e de São Paulo. Como foi quebrar essa hegemonia?

Mario Celso Petraglia: Foi uma demonstração clara e evidente de que nós podemos. Foi prometido, foi cumprido. E é como agora, que nós estamos prometendo nesse novo ciclo de crescimento e de desenvolvimento do nosso Furacão. Estaremos entre os melhores clubes do Brasil e das Américas e, com certeza, seremos campeões do mundo também nesse prazo que nós planejamos. Então essa foi uma demonstração material de que é possível e que nós conseguiremos.

O senhor foi presidente nas ocasiões em que o clube chegou às suas duas principais conquistas, o título da Série B em 1995 e o da Série A em 2001. Até por conta desse currículo, a torcida atleticana pode sonhar com novas conquistas?
Mario Celso Petraglia: Com certeza absoluta. A alma do nosso clube é o futebol e ela só se realiza no seu esplendor e na sua maior emoção com a vitória e com as conquistas. É para isso que nós trabalhamos. Assim como trabalhamos para oferecer todas as outras condições para isso, como um dos melhores centros de treinamento do mundo e uma Arena, em nível de uma Copa do Mundo, para que a nossa torcida tenha condições e conforto para participar dos jogos e comemorar com alegria as novas conquistas, os novos títulos e as novas estrelas que estamparemos na nossa gloriosa camisa rubro-negra, que só se veste por amor.

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