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1995 – 2015: 20 anos da revolução do Atlético Paranaense

16 de abril de 1995. Há 20 anos, nesta data, a história vitoriosa do Atlético Paranaense começou a ser reescrita. Uma derrota, que poderia ser lembrada com tristeza ou mesmo ser esquecida pelos torcedores rubro-negros, ficou marcada como o início de anos de glórias e alegrias.

Aquele dia 16 de abril era para ser somente mais um domingo de Páscoa. Mais um Atletiba pelo Campeonato Paranaense estava programado e o momento do Rubro-Negro não empolgava os torcedores. Diante de pouco mais de 20 mil torcedores, o jogo no estádio Couto Pereira teve início. O rival abriu o placar em 3 a 0. O Furacão esboçou a reação na segunda etapa, mas não conseguiu se recuperar e acabou perdendo por 5 a 1.  

A goleada motivou o empresário e até então membro do Conselho Deliberativo do Clube, Mario Celso Petraglia, a iniciar uma revolução na vida do Furacão! A nova era do futebol e da gestão do clube teve início já na disputa da Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro daquele ano.

Com a equipe renovada, os primeiros frutos vieram. Em uma campanha empolgante, veio o título emocionante do Brasileiro da Série B. Por consequência, o Furacão garantiu a vaga na Primeira Divisão de 1996, entre a elite do futebol do nosso país. Na data da conquista, torcedores emocionados invadiram o gramado do estádio Joaquim Américo para comemorar o grande feito. O gramado parecia um grande mar vermelho e preto de tantas pessoas emocionadas, comemorando juntas.

No ano seguinte, o Atlético Paranaense voltou ao cenário nacional, o lugar que sempre foi seu. Com uma boa campanha no Brasileiro da Série A, chegou aos "playoffs" da competição.  

Em 1997, o empresário Mario Celso Petraglia liderou o início da construção da Arena da Baixada. Em uma atitude pioneira, ousada e inovadora, o antigo Joaquim Américo foi ao chão. Um mirante foi instalado no estádio para que os torcedores pudessem acompanhar cada passo da construção.

No dia 24 de junho de 1999, em um evento grandioso e emocionante, seguido do amistoso contra o Cerro Porteño [Paraguai], foi inaugurado o estádio mais moderno da América Latina. Toda a torcida atleticana estava em êxtase. Também em junho, somente dois dias depois, o CT do Caju, atual Centro Administrativo e Técnico Alfredo Gottardi, foi oficialmente entregue. A área do Centro de Treinamentos mais moderno do país tinha sido adquirida três anos antes, em 1996. Nesta mesma data, a Arena da Baixada recebeu em seu gramado a Seleção Brasileira. Em jogo contra a Letônia, o Brasil venceu por 3 a 0 com craques como Ronaldo Fenômeno em campo. 

 

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A Arena da Baixada se tornou uma grande aliada do Clube Atlético Paranaense. Os adversários declaravam, a cada partida, o medo de atuar no estádio pela grande pressão que sofriam da torcida atleticana. A Arena se tornou o verdadeiro Caldeirão Rubro-Negro, o que levou o time a conquistar vários importantes títulos nos anos seguintes.

Já em 1999, o Atlético Paranaense teve uma grande conquista dentro das quatro linhas. Após o nono lugar no Brasileiro de 1999, o Furacão disputou a Seletiva, que valia uma vaga na Taça Libertadores da América. Depois de eliminar a Portuguesa, o Coritiba, o Internacional e o São Paulo, o Rubro-Negro superou o Cruzeiro e garantiu, pela primeira vez na história, um lugar no torneio mais importante do continente. 

 

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Apenas seis anos depois da revolução, com o estádio mais moderno da América Latina e o melhor Centro de Treinamentos do país, o Atlético Paranaense conquistou o Brasil. Em uma excelente campanha no Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão, o Furacão fez brilhar os olhos de torcedores de todo o país. Na primeira final, a torcida fez sua parte, lotou o estádio para apoiar o time, após passar noites em filas para garantir seus ingressos. E o Furacão venceu o São Caetano por 4 a 2. Na partida de volta, em São Caetano do Sul, o Atlético garantiu o título do Brasileiro ao vencer por 1 a 0. A Arena da Baixada virou o ponto de encontro da torcida, que acompanhou o jogo pelo telão e aguardou a equipe voltar de São Paulo para comemorar junto aos atletas.

 

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O título nacional colocou o Furacão, definitivamente, entre os grandes do futebol brasileiro. Propiciou também voos ainda maiores no cenário internacional. No ano seguinte, o Furacão voltou a disputar a Taça Libertadores da América. Em 2004, o Furacão fez uma excelente campanha novamente no Campeonato Brasileiro de pontos corridos. Em uma disputa acirrada, acabou se sagrando vice-campeão, sua segunda melhor participação na história da competição.

Em 2005, o Rubro-Negro teve a sua melhor participação na Taça Libertadores da América. Após a primeira fase, o Furacão atropelou o Cerro Porteño [Paraguai], o Santos e o Chivas Guadalajara [México]. Com uma campanha emocionante, o Rubro-Negro garantiu sua vaga nas finais contra o São Paulo. A primeira partida deveria ser realizada na Arena da Baixada. No entanto, o estádio, que sempre foi um grande aliado do Furacão, não foi autorizado pela Conmebol para sediar a partida por não ter capacidade para 40 mil pessoas. O Atlético promoveu a construção em tempo recorde de arquibancadas modulares para que o estádio atingisse a capacidade necessária. A torcida pôde acompanhar a construção e cantava as músicas atleticanas para motivar os funcionários que estavam fazendo as montagens. Mesmo com os laudos liberados, a Conmebol não autorizou a realização da partida no estádio. A primeira final foi realizada no Beira-Rio, em Porto Alegre. A torcida atleticana invadiu a cidade gaúcha, mas o resultado em campo foi um empate em 1 a 1. No jogo de volta, em São Paulo, o adversário venceu por 4 a 0. A torcida novamente deu seu show, aplaudiu os atletas rubro-negros de pé e não deixou o estádio antes de a equipe ir embora.

 

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No ano seguinte, em 2006, o Furacão novamente devastou as Américas. Fez uma boa campanha na Copa Sul-Americana, eliminando o tradicional River Plate. Em Buenos Aires, o Rubro-Negro venceu o River por 1 a 0. Em Curitiba, o placar foi 2 a 2. O Atlético chegou às semifinais da competição, mas acabou esbarrando no Pachuca, do México, que acabou classificado.  

O resultado em campo sempre foi endossado pela grande revolução na gestão do clube. O empresário Mario Celso Petraglia revolucionou a maneira de conduzir os processos internos e o clube se tornou referência nacional e internacional em gestão de negócios.

E o crescimento no futebol foi novamente visto a partir de 2012. Em 2013, o Atlético Paranaense foi o terceiro colocado do Brasileirão [terceira melhor participação na história], chegou à decisão inédita da Copa do Brasil e garantiu vaga novamente na Libertadores da América.  

 

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Além do retorno ao torneio continental, o ano de 2014 ficou marcado pela reforma e ampliação da Arena da Baixada. O estádio do Atlético Paranaense recebeu quatro partidas da Copa do Mundo [Irã x Nigéria, Honduras x Equador, Espanha x Austrália e Argélia x Rússia] e levou o nome do clube e da cidade de Curitiba a todos os cantos do planeta. 

 

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O crescimento do Clube não para. Agora, o Atlético Paranaense conta com o primeiro estádio da América Latina e do Hemisfério Sul [construído para o futebol] com a tecnologia retrátil em seu teto. Mais um feito, como todos os descritos neste texto, que os atleticanos podem se orgulhar. E que, assim como todas estas conquistas, abre espaço para um horizonte ainda mais glorioso dentro e fora de campo.

 

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*Antes de 1995, o Atlético Paranaense conquistou 16 Campeonatos Estaduais

Fotos: Arquivo e Gustavo Oliveira/Site Oficial

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