Clube

Campeão em 1990, Dirceu elogia Furacão atual e vê time preparado para repetir história

Ir ao Couto Pereira e sair de lá com o troféu de Campeão Estadual. Algo que o ex-atacante Dirceu "Carrasco" conseguiu aos 28 anos de idade, com o Atlético Paranaense, em 1990. Feito que a equipe principal do Rubro-Negro busca repetir a partir das 16h deste domingo (8), quando enfrenta o Coritiba pelo segundo jogo da decisão do torneio de 2016. Desafio para o qual ex-jogador vê o Furacão preparado. Mais que isso, avalia que o time está com a mesma disposição daquele em que ele estava e ajudou a levantar a taça 26 anos atrás, na casa do rival.
 
Dirceu defendeu o Clube nas temporadas de 1990 e 1992. O apelido "Carrasco" veio na primeira passagem dele pela Baixada, pelo desempenho que teve diante dos coritibanos naquele Paranaense. Em três Atletibas que disputou naquela campanha, marcou quatro gols. Dois deles na decisão do título, um em cada partida da final. A taça que ajudou a conquistar está entre os troféus no CAT do Caju até hoje. E para a de 2016 ir para lá também, o Furacão pode perder até por dois gols de diferença, já que venceu o Atletiba no jogo de ida, por 3 a 0.
 
"Depois que o [técnico] Paulo Autuori assumiu a equipe, parece que o time criou uma técnica de 'time que joga com a sua torcida'", avalia o ex-atacante, quanto ao Rubro-Negro de 2016. "Os jogadores têm estado de acordo com o que vem da arquibancada, com aquela garra, aquela motivação. Com aquele espírito de time que busca todo o espaço do campo, que briga pela posse de bola. Uma equipe que não gosta de perder. O Atlético de hoje está com aquela cara do time de 1990. Entrou no jogo com um espírito de time campeão", acrescenta Dirceu, que acompanhou pela TV a primeira partida da final, domingo (1º) passado.
 
"Fiquei muito orgulhoso com aquele título que conquistamos em 1990, orgulhoso em ter vestido a camisa do Atlético naquele momento e de ter ajudado um pouco nessa transformação na vida do Clube", relembra Dirceu. "Em 2016, acredito que o time fez o que tinha que fazer na primeira partida da decisão. Sabia que não podia deixar a oportunidade escapar. Acredito que agora tem que entrar com a mesma mentalidade, jogar com sabedoria. Até hoje, tenho o Atlético como o time do meu coração. Por isso, tenho confiança de que o time vai conseguir essa conquista. E confesso que queria ter a oportunidade de vê-lo ser campeão novamente dentro do Couto Pereira. Fazer novamente parte de um dia como foi aquele", encerra.
 
Natural de Rolândia, no Norte do Estado, Dirceu de Mattos tem 54 anos de idade. Como jogador, pendurou as chuteiras em 1997, mas nunca abandonou o futebol. Já exerceu funções de auxiliar técnico e de gerente de futebol antes de se tornar treinador, função que exerce há pelo menos 10 anos. Atualmente, é o técnico da equipe Sub-19 do Junior Team, clube de Londrina. Ano passado, comandou o Nacional de Rolândia no duelo em que o time do Interior do Estado enfrentou o Rubro-Negro durante a fase de classificação do Paranaense 2015.