Marcão relembra duelo atleticano na Colômbia e destaca semelhanças nos grupos de 2005 e 2017

O Atlético Paranaense volta a atuar na Colômbia, nesta quarta-feira (8), após 12 anos. Em busca da vaga na terceira fase da Conmebol Libertadores Bridgestone, o Rubro-Negro encara o Millonarios, às 21h45 [horário de Brasília], no Estádio El Campín, em Bogotá [clique aqui e veja como foi a viagem à capital colombiana].

Os últimos jogos atleticanos em solo colombiano aconteceram no torneio continental de 2005, quando o Furacão terminou na segunda posição. Os duelos foram contra o Independiente Medellín e o América de Cali, ambos na fase de grupos.

A partida em Medellín, no dia 15 de fevereiro, marcou a estreia do Atlético Paranaense na Conmebol Libertadores Bridgestone daquele ano. E o empate em 2 a 2 diante do Independiente segue na memória do ex-lateral Marcão, hoje técnico da equipe Sub-17 rubro-negra.

Foi dele o gol que abriu o placar na Colômbia, aos 12 minutos do primeiro tempo. Marcão cobrou falta de muito longe e marcou, segundo ele, o gol mais bonito da carreira. 

“Tenho lembranças muito boas daquele jogo. Fizemos uma grande partida e estávamos vencendo por 2 a 0 [o segundo gol foi marcado por Denis Marques]. Acabamos facilitando e tomamos o empate. Mas foi especial, porque fiz o gol mais bonito da minha carreira”, afirma.

Neste ano, o Furacão contratou jogadores experientes, como Grafite, Carlos Alberto, Jonathan e Felipe Gedoz. Na opinião de Marcão, situação semelhante com a equipe daquela temporada. “Alguns jogadores estavam chegando, algo muito parecido com a situação de hoje”, lembra. “Vemos que esta equipe já está com o espírito da competição”, destaca.

Acostumado com torneios sul-americanos, o ex-jogador destaca as peculiaridades da Conmebol Libertadores Bridgestone. “É um jogo mais ‘pegado’, mais solto. A arbitragem não dá qualquer falta e o espírito é outro”, analisa. “Em um torneio como este, fora de casa você tem mais espaço para jogar. Em casa, o adversário vem fechado, explorando o teu erro. E acredito que o Atlético pode achar esses espaços lá na Colômbia”, completa.

Vice-campeão em 2005, Marcão viveu uma experiência diferente na competição deste ano. Na última quarta-feira (1º), foi ao estádio como torcedor. “Passou um filme na minha cabeça quando eu estava chegando ao estádio. Tinha vivido isso dentro de campo e o espírito fora é diferente. Vivi como torcedor, vendo tudo de perto. Pude ver a empolgação da torcida e sentir o que o torcedor sentiu na minha época. Foi muito legal”, conclui Marcão.

Depois da vitória por 1 a 0 no confronto de ida, o Rubro-Negro pode até empatar em Bogotá para avançar de fase. Revés por um gol de diferença, com gol marcado no El Campín, também classifica o Atlético Paranaense. O vencedor do duelo deste meio de semana encara, na etapa seguinte, o classificado de Universitario [Peru] x Deportivo Capiatá [Paraguai], que se enfrentam na quinta-feira (9).