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Furacão homenageia goleiros ídolos do clube

No dia do goleiro, o Atlético Paranaense faz uma homenagem aos arqueiros que fizeram parte da história do Furacão, defendendo as cores rubro-negras. Relembre a história dos principais nomes da meta atleticana:

 

TAPYR Lopes    

Jogou no Internacional e no Atlético Paranaense (1918 a 1925).

Foi campeão em 1925, mas já tinha se despedido do futebol, transferindo-se com trens e tralhas para Guaraninha, lugarejo situado perto de Palmeira, para tornar-se vaqueiro. Foram buscá-lo, no entanto, quando Tércio, seu sucessor, havia contraído enfermidade que o obrigara a ficar internado na Santa Casa de Misericórdia. Num episódio impregnado de acidentes e heroísmos, Tapyr chegou a Curitiba para defender as cores rubro-negras contra o temível Savóia. Ordens de Cândido Mäder, o presidente do Atlético, pois colocar o goleiro reserva seria uma temeridade: que trouxessem Tapyr a qualquer custo para os dois jogos restantes. E venceram os abnegados, tempestades e enchentes, conseguindo finalmente trazer Tapyr para o gol do Atlético. Os jornais narraram a epopéia. Tapyr foi, assim, um baluarte na defesa das cores rubro-negras, concorrendo, com sua segurança e dedicação, para a conquista do primeiro título rubro-negro, o de 1925. 

ALBERTO GOTTARDI
 
Jogou no Savóia e Atlético Paranaense (1927 a 1933).

Foi o primeiro grande ídolo do Rubro-Negro. Ele defendeu as cores rubro-negras por sete anos, sendo sempre considerado o maior goleiro do Estado. Foi bicampeão invicto em 1929 e 30. Alberto deu início à saga da família Gottardi no Atlético.

 

Era respeitado pelo grupo de jogadores, embora fosse uma pessoa simples e modesta. Foi amigo de todos. Em 1927, ele trocou o Savóia pelo Rubro-Negro e foi titular absoluto até agosto de 1933. Naquele mês parou de jogar, cedendo sua posição ao jovem Caju, seu irmão de apenas 18 anos. Sabia, de antemão, que não sentiriam falta dele. E não sentiram. Continuou sempre ligado ao Atlético, cuidando do estádio, do gramado e dos uniformes dos jogadores, que, naquela época, os cuidados eram todos pois não havia camisas de sobra. Nem o costume de dar camisas de presente. Um rasgão numa camisa, muitas vezes Alberto levava para costurar em casa. Representa um grande nome na história rubro-negra. É pai de Rui, a maquininha do Furacão de 1949, Aldir e Almir, também jogadores do Atlético na década posterior. 

Alfredo Gottardi – CAJU  

Jogou no Atlético Paranaense de 1933 a 1949.

 

Tinha 18 anos quando estreou como titular no gol rubro-negro, substituindo seu irmão Alberto. Com 19 anos foi convocado para a Seleção Paranaense. Em 1942, foi titular da Seleção Brasileira, na Copa Sul-americana, realizada no Uruguai, deixando o até então titular, Aymoré Moreira, técnico da Seleção Brasileira de 1962, na reserva. Foi considerado, pela Imprensa da época, o melhor goleiro do certame. Na verdade, fora um assombro pela colocação que possuía embaixo da trave. Se o jogo fosse em dia de chuva, Caju costumava sair limpinho de campo, pois seu notável senso de colocação permitia que não se atirasse, defendendo os petardos de frente. De vez em quando, com uma mão só. Passou a ser considerado Majestade do Arco, expressão que nenhum jornalista, ou antagonista, contestou.

Respeitavam-no. Campeão em 1934, 1936, 1940, 1943, 1945 e 1949. Foi diretor e treinador do Atlético no campeonato de 1958, junto com Jackson e Stenghel Guimarães. É um mito na história do futebol paranaense. Tanto é que dá o nome ao moderno Centro de Treinamento atleticano, o do Caju. É pai de Alfredo Gottardi Júnior e Celso, o primeiro o maior quarto-zagueiro da história do Clube, e, o segundo, goleiro no início da década de sessenta. O Centro de Treinamento rubro-negro chama-se CT DO CAJU, que é dele, de ninguém mais, a responsabilidade, por glória própria, de inspirar os aspirantes a conquistas memoráveis como as que ele, Caju, participou e obteve.

Antônio Alves dos Santos – LAIO    

Jogou no Atlético Paranaense de 1943 a 1951.

 

Foi o destaque do Furacão de 1949. Caju encontrava-se encerrando a carreira e Laio assumiu a posição com imensa autoridade. Ao contrário de Caju, sempre bem colocado e pouco utilizando as movimentações cinematográficas, Laio, por estilo, era um goleiro elástico, espetacular, buscando a bola, muitas vezes, na última gaveta, com um salto certeiro e impressionante. A expressão Fortaleza Voadora foi mais que justa para sua característica de elasticidade, que assombrava e punha a torcida em delírio. Foi um grande goleiro, campeão em 1943, 1945 e 1949.

 

ALTEVIR Salles    

Jogou no Atlético de 1972 a 1977.

É o recordista do futebol paranaense em não tomar gol, 1.066 minutos. Era firme e arrojado. É atleticano de coração.

ROBERTO COSTA    

Jogou no Atlético Paranaense de 1978 a 1983 e 1987.

 

Nos dois primeiros anos no Rubro-Negro alternou a reserva com titularidade. Quando veio a chance, assumiu a posição e não saiu mais da equipe. Com excelente senso de solocação, frieza e reflexos apurados. Roberto ficou conhecido como O Mão de Anjo, tantos foram os milagres que fez defendendo as cores rubro-negras.

Sempre regular. Foi o destaque no Brasileiro de 1983. Recebeu a Bola de Ouro da Revista Placar pelos verdadeiros milagres que proporcionou defendendo a meta rubro-negra. Um grande talento a ficar na história. Um grande goleiro a ficar junto aos grandes goleiros da história do Atlético.

RICARDO PINTO    

Jogou no Atlético Paranaense de 1995 a 1997.

 

Líder em campo. Ídolo. Marcou época pela eficiência debaixo dos três paus e por ter concorrido para que o Atlético fosse o campeão brasileiro da série B, segunda divisão, passando a participar da primeira, em 1995. Ficou também marcado pelo famoso episódio das Laranjeiras, quando foi vítima de uma covarde agressão de torcedores do Fluminense. Aninhou-se de tal forma ao Atlético que depois de encerrar a carreira, passou a ser treinador de goleiros e permaneceu em Curitiba, onde tem uma escolinha de futebol.

 

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