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Adaptação, superação e dedicação movem Abner às vésperas da primeira final como profissional

Créditos: Mauricio Mano/Site Oficial

Pouco mais de um ano após desembarcar no Athletico Paranaense, o lateral-esquerdo Abner vive a expectativa de disputar a primeira final como jogador profissional. Mas, para chegar até este momento especial, o lateral precisou superar problemas familiares, passou por uma adaptação no Clube e aprendeu muito no CAT Alfredo Gottardi. 

Destaque da Ponte Preta, Abner foi contratado pelo Furacão no dia 19 de julho do ano passado e assinou contrato de cinco anos com o Clube. O Athletico optou por pagar a multa rescisória do atleta, que era titular absoluto do time de Campinas (SP) e cobiçado por diversos clubes europeus. 

No CAT, encontrou a concorrência de laterais experientes e vencedores, como Adriano e Márcio Azevedo. Além disso, conviveu com uma cobrança externa por ter sido contratado por um alto valor financeiro e sofreu junto com o irmão mais velho, vítima de um câncer de peritônio, que faleceu no início deste mês.

Titular na goleada contra o Londrina, pelas quartas de final, e de olho na decisão contra o Coritiba, Abner fez um balanço do primeiro ano no Furacão, falou das dificuldades fora de campo, do aprendizado no Clube e da esperança de ser campeão com a camisa rubro-negra. 

Confira, abaixo, a entrevista completa com Abner. 

Site Oficial: Você completou um ano da chegada ao Clube na metade deste mês. Qual a sua avaliação deste período? 

Abner: Confesso que não foi da maneira que eu esperava. Cheguei com muitas expectativasMas foi um período de aprendizado para mim desde que cheguei ao Athletico. Aprendi muito, vivi várias coisas e participei de muitas coisas boas. Talvez não tenha jogado o tanto que eu esperava, mas foi de muito aprendizado para que eu possa seguir buscando meu melhor, para colocar para fora todo meu potencial. 

Site: O fato do Athletico ter pago a multa rescisória, por um valor alto, pode ter gerado uma pressão em cima de você? 

Abner: Eu estava em um momento muito bom na Ponte Preta. Claro que foi um valor alto, mas as expectativas que foram criadas foi também pelo o que eu vinha apresentado e confio que eu posso atender a isso tudo. Busco estar melhor a cada dia. Mas para a minha carreira, ter essa expectativa é bom, porque tenho objetivos traçados e posso alcançá-los. 

Site: No início deste mês, seu irmão mais velho faleceu vítima de um câncer. Você e toda a sua família conviveram com essa doença por quase 1 ano e meio. De alguma forma, isso atrapalhou teu rendimento? 

Abner: O relacionamento com o meu irmão era muito bom. Foi uma das pessoas com quem mais dei risada e também sofri junto, porque estava próximo. Não posso usar isso como desculpa, mas atrapalha na parte mental. Passar por um momento desse não é fácil. Cada um reage de uma forma, mas eu buscava não trazer para o Clube e usar como força. Foi difícil, mas foi um aprendizado para mim. 

Site: Na sua posição, você tem a concorrência de dois jogadores muito experientes e vencedores. Como é essa relação com o Adriano e o Márcio Azevedo? 

Abner: Eu comento com eles, que busco aprender sempre. Mesmo sem perguntar o tempo todo, vejo muito o que eles fazem. Os dois jogaram muito tempo na Europa e são grandes jogadores. Tento ver nos detalhes, porque eles não chegaram à toa. Então, tento aprender com eles a cada momento e a cada treino. 

Site: Você começou como titular no Paranaense deste ano, ainda com os Aspirantes. Agora, vem ganhando chances e pode ser titular novamente contra o Coritiba. Como está o Abner para essa decisão? 

Abner: Jogar um clássico sempre é diferente, ainda mais sendo uma final. Estou me preparando caso eu seja escolhido. Pode ser a minha primeira final como profissional e espero buscar o título. É uma decisão de 180 minutos, mas esse primeiro jogo em casa é fundamental para nós. 

Site: Você fez parte do grupo campeão do ano passado, mas não atuou nas decisões. Para você, essa final agora é especial? 

Abner: Jogador quer sempre estar em campo, ainda mais em uma final. É assim que o nome fica na história do clube. Algumas pessoas podem não considerar muito os Estaduais, mas um título será muito importante para mim e para todo o elenco. Vamos com todas as forças para sermos campeões novamente.

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