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Adriano, Lucho e Wellington comentam reencontro virtual do elenco e panorama do futebol

As últimas semanas têm sido atípicas para o futebol mundial. Por conta da pandemia do Covid-19, todos os jogos foram paralisados e sem previsões para normalização total. No Brasil, o mês de abril foi de férias para atletas e comissões técnicas, incluindo o Athletico Paranaense.

Sexta-feira (1º), no primeiro dia após este período, os jogadores do Furacão voltaram a se encontrar. A reunião foi realizada de forma virtual, mas já serviu para matar um pouco da saudade dos companheiros e colocar em dia aquela resenha tão esperada, com muita descontração.

Veja, abaixo, os posicionamentos do lateral Adriano, do volante Wellington e do meia Lucho, sobre o atual momento e o futuro do futebol:

Reencontro

Wellington: “Foi muito legal, muito engraçado. Durante uns três minutos, eu ri demais, da barriga doer mesmo. A gente sente muita falta do nosso ambiente, que sempre foi muito bom. Então foi bom ver todo mundo que está no nosso dia a dia, sabendo que estão todos pensando no melhor e mais seguro agora para o Clube e para nós”.

Lucho: “A saudade dessa resenha estava muito grande. Foi a mesma sensação para todos. Pudemos ver cada um na sua casa, mas com o sentimento de que estávamos todos juntos. Tirando sarro daquele que estava atrasado, do outro com cara de quem não estava entendendo muta coisa. Foi uma conversa importante e divertida”.

Adriano: “Foi espetacular. Não podemos estar juntos, mas ver todo mundo bem foi muito legal. O nosso dia a dia é assim, com um ambiente divertido e familiar que foi construído. Mesmo de longe, conversamos bastante, para resolvermos juntos todas as questões internas”.

Retorno aos treinos

Lucho: “Estamos em um clube que pensa sempre um passo na frente. Neste momento, não está sendo diferente. Mesmo durante as férias, o Clube nos deu todo o suporte e apoio. Agora, com esse retorno, teremos todo o trabalho da preparação física para treinarmos ainda mais. Não temos a certeza de quando as coisas vão melhorar, então não perder tanto o condicionamento é importante”.

Wellington: “Claro que fica essa ansiedade de poder trabalhar todo mundo junto. Já estava mesmo durante essas férias forçadas, porque tivemos que interromper um campeonato importante, em um momento que a equipe estava se encaixando bem. Mas temos que ter serenidade e esperar. Ter paciência, porque o Clube vai fazer o que for melhor para nós”.

Adriano: “É algo que já se propagou no mundo todo, então temos que tomar nossas precauções e entender que não é brincadeira. Vamos ter tranquilidade nessa volta, sabendo que o Athletico tomará todas as precauções para que a saúde de todos siga em primeiro lugar, com a consciência de retornar no momento correto”.

Isolamento durante a quarentena

Wellington: “Tenho uma programação legal, não só de treinos, com toda a família. Acordamos por volta das 8h30, tomamos café e fazemos um treino pela manhã. Depois do almoço, fazemos uma hora de leitura de algum livro. À tarde, temos outro treino e depois mais duas horas de aula de inglês online. Mais tarde, assistimos filme ou série. O filho também tem a uma rotina de estudos e leituras. Além disso, estamos cuidando bastante da alimentação nesse período”.

Adriano: “Fiquei esse período na chácara (em Campina Grande do Sul) e voltei para Curitiba há dois dias. Consegui montar uma estrutura para treinar e seguir com uma rotina boa, fazendo atividades todas as tardes. Acordávamos muito cedo, para aproveitar bem o dia com família, desfrutando da chácara. O mundo anda tão no automático, que o simples fato de poder estar em casa, precisa ser valorizado”.

Lucho: “Está sendo um período difícil para todos. Mas tentei ver tudo pelo lado positivo. Pude estar mais ao lado dos meus filhos, fazendo as aulas online com eles e outras coisas que praticamente nunca fiz, por conta da nossa rotina e do nosso calendário. Neste momento, o importante é a saúde de todos”.

Consequências financeiras da pandemia

Wellington: “Sabemos que os clubes dependem de estádios lotados, do sócio torcedor e também de vendas e lojas. Mas se olharmos bem, muitos clubes são mal administrados e quando chega um momento de crise como esse, o impacto é muito grande. Com um preparo maior, os reflexos são menores. É triste ver funcionários de qualquer lugar sendo demitidos, porque são eles que estão no dia a dia e fazem os clubes andarem. São os que mais sofrem nessas situações de crise e o que podemos fazer nesse momento é assumir um pouco a responsabilidade. Temos que ajudar, se o Clube precisar da gente. O Athletico sempre honrou os compromissos e é um exemplo no futebol brasileiro. No que precisar, poderá contar com os jogadores”.

Adriano: “Essa é a parte mais difícil que vejo e temos que ser solidários. Muitos clubes brasileiros já têm esse problema mesmo sem a pandemia e agora precisamos pensar muito no lado humano. Claro que nós queremos voltar o quanto antes, até para ajudar nessa parte econômica que fica complicada sem os jogos, mas temos que entender o atual momento e pensar na saúde de todos. Por outro lado, o Athletico é sério e o presidente Petraglia sempre trabalhou para que o clube fosse sólido. É um exemplo no Brasil e, no que pudermos ajudar, temos que estar à disposição”.

Lucho: “É difícil e sabemos que é uma situação inusitada. O futebol mundial vive um momento muito complicado e o Athletico talvez não consiga ser exceção neste ponto. Mas sabemos que o Clube é muito estruturado e vai fazer de tudo para honrar as coisas como faz há anos. Vamos aguardar e respeitar sempre a decisão da diretoria”.

Em um momento delicado para o mundo inteiro, que não envolve apenas as questões esportivas, o Athletico Paranaense agradece a solidariedade dos atletas rubro-negros!

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