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Após 25 anos, Athletico reencontra o Santos na Copa do Brasil

O Athletico começa a disputar nesta quarta-feira (25) mais um duelo pela Copa do Brasil. O confronto contra o Santos, pelas quartas de final, acontece 25 anos após o primeiro, e até agora único, embate entre os times na competição.

Em março de 1996, a disputa com o Peixe, pelas oitavas de final, foi um momento mágico para o Rubro-Negro. E terminou com uma classificação que encheu de orgulho e esperanças todos os corações athleticanos.

Novo patamar

A realidade do Athletico era muito diferente da atual. O clube vivia o início de sua revolução e comemorava a recente conquista da Série B do Brasileiro. Os desafios haviam subido repentinamente de patamar. Agora, os adversários eram os gigantes do futebol brasileiro.

O Santos era então o vice-campeão brasileiro. Seu time contava com estrelas como Giovanni, Robert, Macedo, Gallo, Jamelli e o goleiro Edinho, filho do Rei Pelé.

O algoz do Peixe na final do Brasileirão do ano anterior havia sido o Botafogo. O time de Túlio Maravilha, Donizete e Sérgio Manoel, que o Furacão havia derrotado por 3 a 1, pouco mais de um mês antes, em um histórico amistoso no Caldeirão.

Depois de superar o campeão no jogo festivo, era hora de encarar o vice, agora em dois jogos decisivos, em um dos principais campeonatos do país.

Primeiro duelo

A antiga Baixada, completamente lotada, foi o palco de uma noite de sonhos. Com a dupla Oséas e Paulo Rink na linha de frente, o Athletico teve uma atuação perfeita. Em menos de cinco minutos, Edinho já havia feito três milagres para impedir o gol rubro-negro.

Mas a avalanche athleticana rompeu a barreira aos 17′ do primeiro tempo. Após mais uma defesa de Edinho, Oséas voou para aproveitar o rebote e fazer o Caldeirão explodir. Era apenas o começo do show vermelho e preto.

Aos 9′ da segunda etapa, Paulo Rink escorou de cabeça um cruzamento da direita e marcou o segundo. E Oséas colocou mais uma bola na rede aos 27′, ao invadir a área pelo lado direito e bater cruzado.

Na história: Athletico Paranaense 3×0 Santos
Copa do Brasil 1996: Oitavas de final – Jogo de ida
Data: 05/03/1996
Local: Estádio Joaquim Américo
Público pagante: 16.702

Athletico Paranaense: Ricardo Pinto; Elias, Andrei, Luís Eduardo e Pavão; Alex, Sidiclei (Matosas), Jean Carlo e Luís Carlos (Everaldo); Paulo Rink, Oséas
Técnico: Leão
Gols: Oséas, aos 17′ do primeiro tempo; Paulo Rink, aos 9′, e Oséas, aos 27′ do segundo tempo
Cartões amarelos: Luís Eduardo e Jean Carlos

Santos: Edinho; Marcos Adriano, Sandro, Ronaldo Marconato (Cerezo) e Cláudio; Gallo, Vágner (Batista), Robert e Giovanni; Clóvis Cruz e Macedo (Marcelo Passos)
Técnico: Candinho
Cartões Amarelos: Gallo e Clóvis Cruz
Cartão Vermelho: Giovanni

Segundo duelo

Com a grande vantagem construída na primeira partida, o Athletico poderia até perder na Vila Belmiro. Mas o jogo de volta também entraria para a história, com a classificação e um golaço imortal, que deixou os rubro-negros eufóricos e todos de queixo caído.

O centroavante Macedo havia colocado o Santos na frente na primeira etapa. O gol saiu após um passe perfeito de Robert, que deixou o artilheiro alvinegro livre para encher o pé da entrada da área, fora do alcance de Ricardo Pinto.

Mas o lance antológico aconteceu na etapa final. Paulo Rink roubou a bola no campo de defesa e partiu para uma arrancada imparável. Três adversários ficaram para trás antes do artilheiro se aproximar da área, dar uma meia-lua em Sandro e bater na saída do goleiro.

Uma obra prima que sacramentou a classificação, provando que o Furacão era capaz de encarar qualquer adversário. Uma prévia da grande campanha no Brasileirão de 1996.

Na história: Santos 1×1 Athletico Paranaense
Copa do Brasil 1996: Oitavas de final – Jogo de volta
Data: 12/03/1996
Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos.
Público pagante: 3.661

Santos: Gilberto; Marcos Paulo (Batista), Sandro, Narciso e Claudio; Gallo, Baiano, Robert e Marcelo Passos; Jamelli e Macedo
Técnico: Candinho
Gol: Macedo

Atlético Paranaense: Ricardo Pinto; Elias, Luís Eduardo, Andrei e Pavão (Reginaldo); Alex, Sidiclei (Luís Carlos), Jean Carlo e Matosas; Paulo Rink e Oséas
Técnico: Leão
Gol: Paulo Rink
Cartões Amarelos: Jean Carlo e Paulo Rink

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