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Bicampeão! Título estadual de 1983 e consagração de Joel completam 39 anos
O ano de 1983 é um capítulo especial na história do Athletico. A temporada, que começou com uma campanha épica no Brasileirão, terminou com a conquista do troféu de bicampeão paranaense. Um título que completa 39 anos neste domingo (18).
O empate em 1 a 1 com o Coritiba, no dia 18 de dezembro, foi o desfecho de uma campanha de afirmação e superação. E consagrou como herói athleticano um jovem garoto recém-promovido das categorias de formação: o centroavante Joel.
Timaço refeito
A conquista do Campeonato Paranaense de 1982 havia encerrado um jejum de 12 anos sem títulos. No primeiro semestre de 1983, o Furacão mostrou sua força também no Campeonato Brasileiro, chegando às semifinais.
Com o grande desempenho no cenário nacional, o Rubro-Negro não conseguiu segurar seus principais craques. Washington, Assis, Roberto Costa, Capitão, Lino, Ariovaldo e Bianchi fizeram as malas e partiram para outros clubes.
Mas a temporada ainda estava pela metade e o Furacão não abriria mão de lutar pelo bicampeonato estadual. Vieram o lateral Sotter, os zagueiros Heraldo e Celso, o volante Cristóvão e o atacante Renato Sá. Recém-promovido, Joel, de 21 anos, também se juntou ao grupo.
Longo caminho
A fórmula do torneio era cheia de turnos, returnos e fases de classificação. O Athletico foi o time que mais somou pontos até o quadrangular final. Coritiba, Londrina e União Bandeirante também chegaram à fase decisiva, disputada também em dois turnos.
O desfecho seria definido nos clássicos. E como era comum na época, todos foram disputados na casa do rival, o Couto Pereira.
No primeiro, vitória rubro-negra por 1 a 0. Aos 20′ do primeiro tempo, um cruzamento vindo da direita encontrou na área o pé esquerdo de Joel e a rede!
Após tropeços contra Londrina e União, o Athletico chegou à última rodada empatado com o Coritiba. Desta vez, quem vencesse o clássico ficaria com o título.
O rival saiu na frente aos 8′ do primeiro tempo. O Furacão ficou com um homem a menos aos 13′, quando Sotter foi expulso. Mas aos 46′, ainda na primeira etapa, Joel sofreu pênalti. Jorge Luís bateu na trave, a bola tocou no goleiro Jairo e Cândido mandou para o gol.
O empate em 1 a 1 persistiu até o apito final. O dono do troféu só seria conhecido em uma decisão extra, com mais dois Athletibas.
Joel garante a festa rubro-negra
O primeiro deles aconteceu já na quarta-feira seguinte, dia 14 de dezembro. Aos 20′ do primeiro tempo, Abel disparou pela esquerda, passou pela marcação e cruzou em direção a Joel. A zaga conseguiu cortar, mas “bateu cabeça” dentro da área. E a bola procurou pelo pé do artilheiro. Gol de Joel! Athletico em vantagem na decisão!
Na tarde de domingo, 18 de dezembro, mais de 42 mil pessoas estavam nas arquibancadas. Desta vez, o empate bastava para o Furacão. E o título ficou ainda mais perto aos 18′ da etapa final. Jorge Luís recebeu na ponta esquerda e cruzou no lugar certo: a cabeça de Joel!
Nem o empate do rival, aos 30′, estragaria a festa da torcida rubro-negra. Com 1 a 1 no placar, Afonso Vitor de Oliveira soou o apito final e uma multidão invadiu o gramado para festejar com os jogadores. E erguer nos ombros o garoto Joel, consagrado para sempre com a conquista!
Na história: Coritiba 1×1 Athletico Paranaense
Campeonato Paranaense 1983: Final – Jogo de volta
Data: 18/12/1983 (domingo)
Local: Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR)
Público pagante: 42.410
Renda: Cr$ 56.404.009,00
Árbitro: Afonso Vitor de Oliveira
Coritiba: Jairo; Claudecir, Gaúcho, Élvio e Luis Florêncio (Vavá, no intervalo); André, Leandro e Freitas (Paulinho, aos 17′ do 2º tempo); Lela, Elísio e Elizeu
Técnico: Geraldo Damasceno
Gol: Elísio, aos 30′ do segundo tempo
Cartões amarelos: Élvio, Claudecir e André
Athletico Paranaense: Rafael; Détti, Celso, Augusto, Cândido; Jorge Luís, Cristóvão, Nivaldo; Ivair (Binga, aos 19′ do 2º tempo), Joel e Renato Sá
Técnico: Lori Sandri
Gol: Joel, aos 18′ do segundo tempo
A campanha
42 jogos
20 vitórias
8 empates
14 derrotas
49 gols marcados
39 gols sofridos
Primeiro turno
05/06 – Athletico 3×1 Matsubara
12/06 – Londrina 1×0 Athletico
19/06 – Athletico 2×0 Cascavel
22/06 – União Bandeirante 2×2 Athletico
26/06 – Athletico 1×0 Colorado
03/07 – Coritiba 1×0 Athletico
10/07 – Athletico 2×1 Pato Branco
16/07 – Operário 1×1 Athletico
20/07 – Athletico 3×1 Grêmio Maringá
24/07 – Athletico 1×0 Pinheiros
27/07 – Toledo 1×2 Athletico
Quadrangular – 1º turno
31/07 – Coritiba 2×0 Athletico
03/08 – Grêmio Maringá 2×1 Athletico
07/08 – Athletico 1×0 Colorado
14/08 – Coritiba 1×0 Athletico
17/08 – Athletico 1×2 Grêmio Maringá
21/08 – Colorado 2×1 Athletico
Segundo turno
28/08 – Matsubara 1×0 Athletico
31/08 – Athletico 1×3 Londrina
04/09 – Cascavel 1×2 Athletico
08/09 – Athletico 3×0 União Bandeirante
11/09 – Colorado 1×0 Athletico
20/09 – Athletico 2×1 Coritiba
22/09 – Pato Branco 1×2 Athletico
25/09 – Athletico 1×0 Operário
28/09 – Grêmio Maringá 0x0 Athletico
02/10 – Pinheiros 0x2 Athletico
09/10 – Athletico 0x1 Toledo
Quadrangular – 2º turno
23/10 – Athletico 2×1 Londrina
26/10 – Toledo 2×1 Athletico
30/10 – Colorado 2×2 Athletico
06/11 – Londrina 2×0 Athletico
09/11 – Athletico 3×1 Toledo
13/11 – Athletico 1×1 Colorado
Quadrangular final
20/11 – União Bandeirante 0x1 Athletico
27/11 – Athletico 1×0 Coritiba
30/11 – Athletico 0x1 Londrina
04/12 – Athletico 0x0 União Bandeirante
07/12 – Londrina 0x1 Athletico
11/12 – Coritiba 1×1 Athletico
Final
14/12 – Athletico 1×0 Coritiba
18/12 – Coritiba 1×1 Athletico
Fotos: Sergio Sade
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