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Bruno Lazaroni traz aos Aspirantes experiências dentro e fora das quatro linhas

Créditos: José Tramontin/athletico.com.br - Arquivo

Bruno Lazaroni será o técnico da equipe de Aspirantes do Athletico no Campeonato Estadual. Aos 40 anos de idade, o profissional nascido no Rio de Janeiro terá a responsabilidade de comandar o Furacão na busca pelo inédito tetracampeonato.

Ex-jogador, com passagens em clubes do Brasil e do exterior, Lazaroni já foi técnico, coordenador e gerente nas Categorias de Formação do Botafogo, auxiliar e técnico do time profissional carioca e também auxiliar no Qatar.

A paixão pelo futebol vem de berço. Bruno é filho do ex-técnico Sebastião Lazaroni, que trabalhou em mais de dez países, além de comandar três seleções. Com o Brasil, foi campeão da Copa América de 1989 e técnico da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1990. Esteve também à frente das seleções da Jamaica e do Qatar.

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Bruno Lazaroni começou a carreira como jogador nas Categorias de Formação do Flamengo. Depois, atuou em equipes como Vasco da Gama, Bangu, América-RJ, Portuguesa, St. Gallen (Suíça), Naval (Portugal) e Al-Ettifaq (Arábia Saudita).

A carreira foi encerrada precocemente, aos 32 anos, por um problema crônico na cartilagem do joelho. O que poderia ser um baque para alguns serviu de estímulo para Bruno, que retomou a faculdade de Educação Física.

Formado, iniciou as qualificações para seguir o sonho de treinador e repetir o sucesso do pai. Bruno Lazaroni teve a primeira experiência treinando o Sub-13 do Botafogo. Por lá, foi coordenador técnico e gerente da Formação.

“A paixão pelo futebol acaba falando mais alto. Muita gente, depois que encerra a carreira, prefere iniciar já em uma equipe profissional. Mas eu sempre tive em mente que tinha que retornar às origens. Eu me graduei e, durante a faculdade, comecei a estagiar, porque queria iniciar pelas Categorias de Formação”, contou.

Em 2018, passou a trabalhar como auxiliar técnico da comissão permanente do Botafogo, com passagens como treinador interino em 2018 e 2019. No ano passado, quando Paulo Autuori deixou o time carioca, ele assumiu a equipe e ficou por seis jogos.

“A família de treinador sofre bastante. Sabemos de toda a responsabilidade que é o cargo e ficam todos com o ‘coração na mão’, torcendo para que dê certo”, disse Bruno, com experiência de caso. “É o que procuro passar para as minhas filhas, de 13 e 10 anos. Cosias boas e coisas ruins acontecem no meio esportivo, mas tudo dá certo para quem trabalha com seriedade”, completou.

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A chegada ao Furacão aconteceu ainda na reta final do Brasileirão 2020. Com a efetivação de António Oliveira para o time principal, Bruno Lazaroni assumiu os Aspirantes. Por conta da pandemia, a estreia no Campeonato Paranaense ainda não tem data para o treinador.

Enquanto os treinamentos e as partidas não são retomados, Bruno Lazaroni e a comissão técnica athleticana se reúnem de forma online com os jogadores. Conversas, vídeos técnicos e treinamentos físicos fazem parte da agenda semanal dos Aspirantes.

“Eu cheguei no final do Campeonato Brasileiro e, nesse meio tempo, acompanhei as atividades dos Aspirantes. Então, foi um período importante para conhecer os jogadores de perto e é um prosseguimento do trabalho do António (Oliveira) e do Bernardo (Franco). Estamos tendo os encontros online, com atividades de análise e treinos físicos”, revelou.

Experiência ao lado de Sebastião Lazaroni, no Qatar
“Por tudo que ele viveu, eu costumo dizer que seria pouco inteligente da minha parte ter uma referência dentro de casa e não aproveitar, até mesmo pela carreira que ele construiu. Então, foi um sonho realizado. Poder conviver com ele praticamente 24 horas, foi importante para aprender e para estreitar os laços de pai e filho”.

Repercussão após a Copa do Mundo de 1990
“Uma experiência curiosa foi quando o Brasil foi eliminado e meu pai voltou ao Brasil. Morávamos em uma rua sem saída no Rio de Janeiro e aglomerou uma quantidade enorme de jornalistas em frente a nossa casa. Pela quantidade de gente e pela exposição, fiquei uma semana sem ir pra aula, porque sempre tinham repórteres por ali”.

Aposentadoria precoce como jogador
“Retornei ao Brasil, tentei operar (o joelho) duas vezes para tentar retornar aos gramados. Mas percebi que não ia conseguir treinar como eu gostaria e ia prejudicar meu rendimento. Entendi que era o momento de encerrar aquele ciclo e retornei à faculdade de Educação Física, que eu já tinha iniciado quando era jogador”.

Jovens atletas na equipe de Aspirantes
“O clube vem se caracterizando com um trabalho de formação bem forte, tendo a oportunidade de disputar competições nacionais e internacionais. Chega um momento da carreira, que na base você não consegue reproduzir algumas situações e, por conta disso, é de fundamental importância a utilização desses atletas no Campeonato Paranaense”.

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