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Do sonho interrompido até a volta por cima: A superação do atacante Vitinho

A carreira de Vitinho está apenas no começo. Revelado no CAT Caju, o atacante de 21 anos vive a terceira temporada no elenco principal do Athletico Paranaense. Mas já tem uma história de superação e volta por cima que poucos veteranos podem contar.

No dia 23 de agosto de 2020, começou um drama que quase colocou um fim precoce à promissora trajetória do Piá do Caju. Desta vez, as dores no corpo eram mais fortes que as habituais após uma partida.

Era um domingo, dia seguinte a um jogo contra o Fluminense, em que Vitinho esteve em campo por 90 minutos. Suas pernas estavam tão doloridas que não conseguia nem mesmo levantar da cama. Na segunda-feira, foi examinado no Hospital Marcelino Champagnat.

Ali, em uma maca, Vitinho iniciava sua grande batalha. Uma luta para manter vivo um sonho que começou nos campos de São José dos Campos, no interior de São Paulo, onde começou o caso de amor entre o menino e a bola.

Pausa no sonho
“Desde pequeno eu gostava de jogar bola. De ver meu irmão e meu pai jogar. Atrás da minha casa, tinha um campinho e eu passava quase toda a tarde jogando bola. E foi aí que surgiu a paixão. Meu pai e meu irmão me incentivaram. Eles disseram que meu avô e meus tios jogaram também. Acho que isso foi da família, a paixão pelo futebol”, lembra Vitinho.

Naquela cama de hospital, toda a energia que levou o garoto das escolinhas de São José para a Ferroviária de Araraquara, e depois para o Athletico, parecia ter sumido. Foram quatro dias até um diagnóstico devastador.

Uma bactéria, que havia entrado na corrente sanguínea do jovem atleta através de um ferimento, estava se espalhando pelo corpo e já afetava o funcionamento de seus órgãos. Vitinho corria risco de morte e teve que ser internado em uma UTI.

“Não conseguia andar, não conseguia sentar. O jeito era ficar deitado. E aí começou a minha luta. Só na cama do hospital. Tinha que passar de uma maca para outra e era um sacrifício. Passei um mês sem andar”, conta.

Durante seus dias na UTI, Vitinho relembrava sua trajetória e se questionava sobre o futuro. Seria aquele o fim de uma história que o tinha levado ao que parecia ser o céu para um jovem jogador em início de carreira.

“Quando saí de um time pequeno do interior e vi tudo isso aqui, fiquei apaixonado. Coloquei na minha cabeça que era aqui que eu seguiria minha carreira, que eu iria deslanchar. Se na Ferroviária eu consegui me dar bem, aqui neste paraíso que é o Athletico, com uma estrutura dessa, não tem porque eu não correr dentro de campo e não dar o meu máximo”.

Sozinho com Deus
A infecção havia tirado Vitinho dos gramados no auge de sua carreira até então. 

“Em 2019 eu tive a minha melhor fase no profissional. E eu tinha planejado que 2020 seria ainda melhor. Mas já tomei um baque devido à pandemia, que interrompeu todos os jogos. A gente já não tinha certeza de mais nada, se iria ou não voltar. E aí voltou o Paranaense, fomos campeões e nos deu uma luz de novo. Comecei o Brasileiro bem, com cinco jogos seguidos de titular, dois gols nas primeiras rodadas”, relembra.

Agora, a realidade era totalmente diferente. Em vez da convivência com a família e com os companheiros de time, dos grandes jogos e dos gols, Vitinho passava seus dias entre aparelhos, exames e médicos que se esforçavam para que ele pudesse retomar sua vida.

“Era só eu, os médicos e Deus. E Ele foi maravilhoso na minha vida. Também porque me deu a oportunidade de estar em um clube que me deu todo o suporte”, afirma.

Toda essa história de superação, contata pelo próprio personagem principal, está no Furacão Live.

Clique aqui e veja mais um Capítulo da série “Eu Sou”, com Vitinho. É vídeo exclusivo no Furacão Play.

Comentários

ARIEL STELLE
4 anos

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Vitinho, graças à Deus você voltou. Agora lute bastante para ser titular.

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