Clube

Há 70 anos, Caju parava Heleno de Freitas em duelo no Rio de Janeiro

Créditos: Arquivo/Clube Atlético Paranaense

O dia em que Caju parou Heleno de Freitas. Este pode ser o resumo de uma partida histórica do Atlético Paranaense, que completa 70 anos nesta terça-feira (29). No dia 29 de maio de 1948, o Rubro-Negro foi o convidado para enfrentar o Botafogo na inauguração dos refletores do Estádio de General Severiano. Na festa do adversário, o Furacão enfrentou o time carioca de igual para igual e voltou para Curitiba com um empate em 0 a 0.

Já em final de carreira, o goleiro Caju teve uma noite brilhante, revivendo as grandes jornadas que anos antes o haviam levado à Seleção Brasileira. Foi, de forma unânime, considerado o grande nome da partida e o principal responsável por parar o time alvinegro, comandado pelo técnico Zezé Moreira e com craques como Nilton Santos, Heleno e Pirillo.

Quem também se destacou foi o zagueiro Nillo Biazzetto. Com uma atuação impecável, ele chamou a atenção da diretoria do Botafogo, que tentou contratá-lo. Mas foi convencido justamente por Caju a continuar em Curitiba e no Atlético Paranaense. No ano seguinte, entraria definitivamente na história atleticana, como o capitão do lendário Furacão de 1949.

Mas o Rubro-Negro não foi apenas defesa naquela noite de sábado. No primeiro tempo, pressionou os donos da casa, com belos ataques tramados pela dupla Jackson e Cireno. Na segunda etapa, o time atleticano sentiu o desgaste físico da viagem e o Botafogo partiu com tudo em busca da vitória. Mas esbarrou em uma muralha chamada Caju.

Na história: Botafogo 0 x 0 Atlético Paranaense
Amistoso
Data: 29/05/1948
Local: General Severiano, Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Manoel de Alencar Guimarães

Botafogo: Osvaldo Baliza; Gerson e Nilton Santos; Marinho, Ávila e Juvenal; Nerino (Paraguaio), Geninho, Heleno de Freitas, Pirillo (Octávio) e Reynaldo.
Técnico: Zezé Moreira

Atlético Paranaense: Caju; Nilo e Délcio; Waldir, Wilson (Joaquim) e Sanguinetti; Cordeiro (Viana), Vilanueva, Guará, Jackson e Cireno.
Técnico: Esteban Sanguinetti Vasquez*
*Sanguinetti acumulou as funções de jogador e técnico, porque Ruy Castro dos Santos (Motorzinho) estava no Uruguai.

Comentários