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Jackson faz 99! Saiba por que o craque se tornou uma lenda do Furacão
Assim como o Athletico, ele completou 99 anos! Jackson Nascimento, o eterno craque do Furacão, comemora mais um aniversário nesta quinta-feira (24). Quase um século de vida e de amor à camisa rubro-negra.
Em uma data tão importante, separamos alguns feitos e curiosidades que explicam porque Jackson é um ídolo imortal do nosso clube. E mostram que todas as homenagens ao nosso doutor em futebol são mais do que merecidas.
De berço
Jackson nasceu Paranaguá, mas foi criado em Antonina. Seu pai, José Thomaz Nascimento, era torcedor do Rubro-Negro e, com inspiração em seu time do coração, foi um dos fundadores do Club Athletico Antoninense.
Foi lá que Jackson iniciou sua trajetória no futebol. E onde jogou até os 11 anos, quando veio estudar em Curitiba. Em 1939, ingressou nas equipes de base do Athletico. Passou pelos juvenis, pelos aspirantes e em 1944 fez sua estreia como profissional.
Ídolo de duas décadas
Jackson jogou no time principal do Athletico entre 1944 e 1957. Ao longo desses 13 anos, só esteve longe da Baixada entre 1950 e meados de 1952. Nesse período, ele defendeu o Corinthians, onde foi campeão paulista em 1951.
Foram mais de 300 jogos com a camisa rubro-negra, com as conquistas do título estadual em 1945 e 1949.
Artilheiro implacável
Jogando como meia, Jackson marcou 143 gols pelo Athletico. É até hoje o segundo maior artilheiro da história do clube e principal goleador do Estádio Joaquim Américo, a atual Ligga Arena.
Seu instinto de goleador era implacável. Deixou sua marca em mais de 90 jogos. Em 39 deles, anotou pelo menos dois gols. Em 24 partidas, balançou as redes três vezes. E em quatro oportunidades, anotou quatro gols na mesma partida.
A maior ala esquerda
Durante a maior parte de seus 11 anos de Athletico, Jackson formou uma dupla infernal ao lado do ponta Cireno. Com tabelas em alta velocidade, dribles implacáveis e centenas de gols, eles foram consagrados como a melhor ala esquerda do futebol paranaense.
A curiosidade é que ambos, Jackson e Cireno, eram destros. E faziam aniversário no mesmo dia, 24 de agosto.
Cireno nos deixou em 2012. Se estivesse vivo, completaria hoje 101 anos. Ele é o quinto maior artilheiro da história do clube, com 114 gols.
Jackson Nascimento recebe homenagem do clube, em 2014
O primeiro 10
Foi somente em 1949 que o Athletico passou a jogar com números nas camisas. A novidade era preparatória para a Copa do Mundo de 1950, que seria realizada no Brasil e traria pela primeira vez a numeração no uniforme dos atletas.
Meia-esquerda da equipe, Jackson recebeu a camisa 10. Um número que segue sempre os grandes craques.
Pintura no clássico
Durante a histórica campanha de 1949, o Athletico aplicou uma de suas maiores goleadas no clássico contra o Coritiba: 5 a 1, na casa do rival.
Em uma atuação perfeita da equipe, coube a Jackson abrir e fechar a goleada. O primeiro foi em uma bomba indefensável, após assistência de Rui. Mas foi o último gol da tarde que entrou para a história.
“Jackson assinalou o quinto tento aos quarenta e quatro minutos, depois de fintar quase toda a defesa coritibana, em espaço menor de dois metros… Um grande goal, por sinal!”, descreveu o “Diário da Tarde”.
Doutor em futebol
O time de 1949 marcou para sempre a identidade do Athletico. Com dez goleadas seguidas, o garantiu o título estadual com duas rodadas de antecedência. E ficou para sempre conhecido como o Furacão.
Jackson era uma das principais peças do ataque arrasador, que marcou 49 gols em 12 partidas. Além de balançar as redes dez vezes, contribuiu com dezenas de assistências e jogadas que viraram lendas.
Ao final da temporada, os jogadores do Furacão original receberam do clube o título de “doutores em futebol”, com direito diploma, anel de grau e baile de formatura.
De craque a treinador
Jackson fez sua última partida pelo Athletico no dia 21 de abril de 1957. O craque marcou o segundo gol do Furacão no empate em 2 a 2 com o Água Verde, na Baixada.
O Rubro-Negro não estava bem no campeonato e a diretoria decidiu demitir o renomado treinador Filpo Núñes. E Jackson, que já ensaiava pendurar as chuteiras, decidiu encerrar de vez a carreira de atleta e assumir o comando do time.
Ele treinou a equipe até o final da temporada. No início de 1958, Joaquim Loureiro foi contratado, mas só permaneceu no cargo até a metade do campeonato.
Jackson, que tinha permanecido como membro da comissão técnica, foi novamente chamado. E junto com Caju e Stengel Guimarães, levou o time a mais um título estadual.
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