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Jogo histórico celebrou amizade entre antigos torcedores do Furacão e do Boca
Os três gols de Marco Ruben e a vitória histórica do Furacão sobre o Boca Juniors não foram as únicas marcas do jogaço da última terça-feira (2). O duelo pela Conmebol Libertadores celebrou uma grande amizade entre um torcedor do Furacão e um antigo “hincha” do time argentino, que reencontrou seu time do coração após 49 anos.
Antônio Marcos Serpa Nunes, 70 anos, e Germán Arnoldo Barrinuevo, 77, viram lado a lado o triunfo rubro-negro por 3 a 0. Convidados especiais do Athletico Paranaense, eles assistiram à partida no Setor VIP do Estádio Joaquim Américo.
Antônio Marcos e Germán são amigos desde 2008, quando se tornaram vizinhos. Em comum, cultivam a devoção a seus times de coração. Antônio, de maneira próxima, assistindo sempre que possível aos jogos no Caldeirão. Germán, à distância, vendo pela televisão as grandes conquistas do Boca desde que veio para o Brasil.
Torcedor do Furacão desde 1962, Antônio permaneceu fiel nos momentos difíceis e nas conquistas rubro-negras ao longo de cinco décadas. Hoje, mal acredita ao ver o time jogando em seu novo estádio lotado, contra um dos gigantes do continente.
“É uma maravilha estar aqui hoje neste estádio maravilhoso, com essa torcida fantástica. Ainda mais com meus amigos argentinos. Fomos muito bem acolhidos. Que seja para alegria de quem ganhar. Eu acho que o Athletico ganha. Mas acima de tudo que tenhamos uma amizade muito forte daqui para adiante”, disse.
A paixão de Germán é ainda mais antiga. Ele torce pelo Boca desde 1954, quando o time passou por sua cidade natal, Bell Ville, na província de Córdoba. Enquanto viveu na Argentina, acompanhou o “Azul y Oro” de perto. E nesta terça (2), teve a chance de rever seu time ao vivo após 49 anos.
“Há muitos anos que não vejo o Boca. A última vez foi em 1970, em Buenos Aires, um dia antes de vir para o Brasil. Depois disso, o Boca conquistou muitos campeonatos, mas eu não consegui acompanhar porque estava no Brasil. Agora vocês me deram essa chance”, comemorou, sem esconder a emoção.
E mesmo torcendo pelos rivais do Furacão, Germán acertou seu palpite sobre o resultado. “Aqui é meu país também. Para mim, ganha o time local. Mas quero que todo mundo se divirta”, completou.
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