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Léo Linck exalta o apoio paterno em sua carreira: “Batalhou para que eu chegasse no Athletico”
A família fornece um apoio muito importante para quem inicia uma trajetória no mundo do futebol. Nos momentos mais complicados, uma palavra de conforto pode ser fundamental. E para além das palavras, atitudes fazem a diferença.
E é por isso que o goleiro Léo Linck, do grupo de Aspirantes do Rubro-Negro, tem uma grande gratidão ao pai Valtinei Vandre Linck.
“Tem pessoas que são muito importantes na minha vida, principalmente meu pai, que fez e faz de tudo para eu estar onde estou. Eu jogo futebol primeiramente porque eu amo, mas também para dar uma vida muito boa para o meu pai, pois sei que ele merece. Esse é o sonho de todo garoto”, disse o jogador, de 20 anos.
Esse reconhecimento ao pai teve início em um acontecimento muito delicado, quando Léo Linck tinha oito anos de idade.
“Era uma sexta-feira, eu estava passando as férias de agosto na casa do meu avô. Foi do nada, minha mãe me abandonou e minha irmã. Isso nos afetou muito. Meu pai chegava do trabalho, trazia as compras e só ficava quieto, não conversava. Eu ouvia minha irmã chorando atrás da porta, pedindo pela minha mãe”, continuou.
A situação evidenciou o amor e a coragem do pai, uniu a família que estava sob o mesmo teto e fortaleceu o ainda pequeno goleiro para as batalhas que encontraria no mundo do futebol.
Léo conta que a situação também o aproximou ainda mais da irmã. “Depois disso, eu e ela ficamos muito próximos. Trato ela como se fosse minha filha. O que nós passamos e, principalmente o que ela passou, eu não desejo a ninguém”.
O futebol era a válvula de escape para o garoto, nascido em Marechal Cândido Rondon, mas criado desde bebê em Toledo, na região Oeste do Estado. Foi na escola mesmo que ele se encontrou na posição de goleiro.
“Uma das primeiras coisas que um menino aprende é brincar com bola. Comecei jogando na escola, em brincadeiras. Tentei ser atacante, mas não sabia fazer gol. Depois, virei zagueiro, mas falavam que eu era muito louco, batia muito”, contou, bem-humorado.
Depois de ter assumido a posição de goleiro, passou a jogar em uma escolinha da cidade. Ganhou notoriedade e, durante dois anos, foi observado pelo São Paulo, até que as coisas não deram certo no clube paulista e ele tomou a decisão de não jogar mais. Mas, para um garoto com 13 anos, ainda era uma decisão precipitada. O pai interviu e o confirmou em uma equipe de Foz do Iguaçu.
“Joguei um campeonato pela Craques do Futuro, de Foz do Iguaçu, e um observador do Athletico me viu. Fiz teste no clube e fui aprovado”, explicou.
Desde março de 2015, Léo Linck veste as cores do Furacão. “O meu maior sonho era entrar para um clube, chegar no profissional. O Athletico é um formador de goleiros, a concorrência aqui é muito grande. Meu maior sonho hoje é chegar e me manter no time principal do Athletico”, revelou Léo.
No clube desde o Sub-15, ele passou por outra grande dificuldade, que serviu para que ele pudesse amadurecer.
“Um momento muito marcante no Athletico foi quando fraturei a cabeça do úmero e precisei ficar um tempo afastado. Mudou muito para mim. Antes da lesão, eu era um menino, depois consegui virar um homem, entender mais, perceber que as coisas acontecem”, destacou.
Mas quem trabalha tem sua recompensa. Na última temporada, o goleiro assumiu a condição de titularidade na equipe Sub-20, foi vice-campeão do Brasileirão da categoria e ainda foi convocado para a Seleção Brasileira.
“Para mim, isso foi uma recompensa. Por não desistir mesmo com as dificuldades, por persistir, por ter vontade. Agradeço ao meu pai por ter batalhado para que eu chegasse no Athletico. Chegar na Seleção e ver meu pai chorar de alegria por algo que eu conquistei, é algo que vou levar para sempre”, afirmou.
“Estar no Athletico já representa muito, é um dos maiores do Brasil. Nos momentos mais difíceis, o clube não desistiu de mim. Só tenho gratidão”, finalizou Léo Linck.
Fotos: José Tramontin/athletico.com.br – Arquivo
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