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No quintal de casa, Pablo falou sobre sua forte relação com o Joaquim Américo

Créditos: Fabio Wosniak/athletico.com.br

“Para mim, esse estádio é mágico”, inicia o atacante Pablo, que está de volta ao Athletico Paranaense após três anos. Em entrevista realizada no retorno ao Rubro-Negro, ele comentou sobre a sua relação com o Estádio Joaquim Américo Guimarães, ou simplesmente a Arena, como ele se refere.

Pablo é um piá do Caju e, privilegiado como poucos, teve a oportunidade de vestir a camisa do Furacão no estádio antigo (1999-2011) e também no novo Caldeirão, já reformulado para a Copa do Mundo FIFA 2014. 

Dos 34 gols que já anotou pelo Athletico, 24 foram na Arena, entre 2016 e 2018. No gramado da Baixada, ergueu um dos títulos mais importantes e significativos da história do clube, a CONMEBOL Sul-Americana de 2018.

“Talvez as pessoas não se lembrem da temporada 2018, mas eu me lembro bem. Dos 18 gols que fiz no ano, 15 foram nesse estádio”, relembrou. De fato, Pablo conseguiu “conversar” muito bem com o Caldeirão. Os únicos gols que não foram anotados no Joaquim Américo foram contra a Chapecoense, pelo Brasileirão, e contra Bahia e Júnior Barranquilla, pela CONMEBOL Sul-Americana.

“Tem uma conexão, uma energia impressionante comigo. Não vejo a hora de ver esse estádio lotado, com a torcida vibrando, cantando e fazendo o time jogar para a frente”, falou o camisa 92. 

Relação continuou igual mesmo atuando em outro clube

Durante a sua apresentação, Pablo confidenciou sobre a melhor partida que fez com a camisa do antigo clube, o São Paulo. Não é uma boa lembrança para a torcida athleticana, já que na ocasião, em partida válida pelo Brasileirão de 2021, o time paulistano venceu por 2 a 1 com dois gols dele.

A conexão com o estádio o fez ter ansiedade para a partida começar logo. Quando estava na concentração, em um hotel da capital paranaense, não via a hora de poder entrar em campo. Ou melhor, não via a hora de poder pisar no quintal de casa.

“Quando entrei pela primeira vez nesse estádio, foi algo mágico. Quando vim jogar contra, foi algo mágico”, disse. “Eu joguei na Arena antiga, joguei muitos jogos nessa nova Arena e mexe muito comigo no sentido de energia positiva, atmosfera que tem o estádio. Tenho certeza que serei muito feliz porque estou na minha casa”, completou.

“Sabemos da dificuldade que é jogar com essa Arena lotada, a dificuldade que é jogar contra o Athletico. Muitos amigos meus já me falaram, eu já falei isso várias vezes. É muito difícil vir jogar contra o Athletico por causa, também, da sua torcida”, afirmou.

Energia que contagiou a família

A vida pessoal de Pablo mudou nos três anos que passou longe do Athletico. Quando saiu, ele a esposa estavam prestes a ter o primeiro filho, Enrico. Já em São Paulo (SP), a família aumentou com a chegada da Maitê. Família que deverá estar no mesmo espaço do estádio onde viram o jogador viver os melhores momentos da carreira.

“Toda vez que eu entrava em campo, via na arquibancada a minha família, meus pais, minha esposa. Estou de volta e agora vou ver meus filhos lá também”, falou, emotivo, o papai Pablo. “Isso me deixa muito feliz, muito contente de verdade”.

Enrico está prestes a fazer três anos de idade. Não viu o pai fazer história em 2018, mas sentiu. Esse é o relato do camisa 92.

“Ele veio numa final de Sul-Americana aqui no ventre da minha esposa e sentiu a energia desse estádio ainda na barriga. Minha esposa fala que ele não parava de se mexer. De todos os dias, foi o dia em que mais mexeu na barriga. Acho que ele já queria pular para fora, cantar e comemorar”, lembrou. “Hoje escuto meu filho falando, pedindo para cantar música do Athletico. Ele estava eufórico, eu estava cantando com ele, ensinando o hino do clube”, finalizou.

Fotos: Fabio Wosniak e Gustavo Oliveira/athletico.com.br

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