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Noite mágica! Cinco momentos inesquecíveis da inauguração da Arena, que completa 23 anos
Dia 24 de junho de 1999. Ao longo dos 98 anos de história do Athletico Paranaense, poucas datas trazem lembranças tão claras ao torcedor rubro-negro. Há exatos 23 anos, o Furacão voltava para casa. Era o renascimento do antigo Caldeirão, agora totalmente reformulado.
A sensação de entrar na Arena pela primeira vez, a inesquecível festa de inauguração, o jogaço contra o Cerro Porteño, a explosão com a vitória conquistada no último minuto…
Em mais um aniversário, relembramos cinco momentos inesquecíveis daquela noite mágica. Confira e se emocione mais uma vez!
1) Novamente em casa
Foram 17 meses de expectativa. Desde a vitória 3 a 0 sobre o Batel, em 30 de janeiro de 1997, a Baixada havia se tornado local de peregrinação. Dia após dia, os athleticanos se reuniam para ver o novo estádio tomar forma.
A espera acabou às 17h30 do dia da inauguração, quando os portões da Arena finalmente foram abertos ao público. E daí, o encanto e a emoção tomaram conta de todos.
A imponência das novas arquibancadas, a visão perfeita, a proximidade do campo, todos os lugares cobertos, a modernidade de cada detalhe… Banheiros, elevadores, acessos, praças de alimentação, estacionamento, camarotes. Tudo no novo Caldeirão indicava: era o início de uma nova era.
2) Festa à altura
“Boa noite, torcida athleticana! Vocês estão ouvindo? Corações pulsando junto ao mesmo tempo, na mesma emoção. É disso, e não só de pedras e concreto, que eu, Estádio Joaquim Américo, fui feito. Desde que nasci, o suor das esquadras rubro-negras que por mim passaram, as gerações de torcedores que abracei, as vitórias que comemorei com cada um de vocês cavaram fundo em minha alma e fizeram de mim muito mais do que um estádio de futebol. Fizeram de mim este santuário que a paixão athleticana transformou na mais moderna Arena do futebol brasileiro e que hoje vos recebe, como sempre, de braços abertos. Bem-vindos, corações athleticanos!”
Era a própria Arena quem “falava” com os torcedores a anunciava o início das festividades. E que festa foi aquela! Luzes rubro-negras, muita fumaça, show de fogos, o hino rubro-negro cantado à capela pela cantora lírica Andréa Chrys…
Tudo planejado sob medida para deixar às emoções à flor da pele e criar o clima perfeito para o jogo inaugural.
Foto: Lucimar do Carmo
3) Discurso histórico
“Recuperar a dignidade e a autoestima de ser athleticano foi o primeiro desafio. Investir pesado no patrimônio, construindo o mais bem equipado centro de treinamentos do Brasil e esta monumental arena de multieventos foi o segundo passo. O terceiro momento começa agora. A grande nação athleticana está definitivamente em casa, na nossa Baixada, no nosso Caldeirão, na nossa Arena.”
O discurso do presidente Mario Celso Petraglia comoveu a todos. Naquele instante, a incredulidade estava derrotada e um futuro glorioso para o Furacão, traçado.
Depois de falar à multidão, foi a hora de descerrar a placa inaugural, ao lado do governador do Paraná, Jaime Lerner, e do prefeito de Curitiba, Cássio Taniguchi. Era um marco que dividiria para sempre a história rubro-negra.
Foto: Lucimar do Carmo
4) A primeira explosão
Foram 13 minutos desde o apito inicial até a festa pelo primeiro gol. O Furacão pressionou a saída do adversário e a bola roubada no campo de ataque foi tocada para Luisinho Netto. Pela direita, o lateral levantou a cabeça e cruzou.
Na área, para receber o passe perfeito, estava o jovem artilheiro Lucas. Um personagem sob medida para aquele momento histórico. A cabeçada do camisa 9 foi certeira e estufou a rede da nova Arena pela primeira vez!
Lucas seguiria sendo um nome sempre presente em grandes momentos e jogos memoráveis na Arena. Até ser negociado com o exterior em uma das maiores transações da história do clube.
Foto: Sergio Sade
5) Um golaço imortal
O time paraguaio não veio apenas para fazer figuração. No começo do segundo tempo, o atacante Gauchinho empatou para o Cerro Porteño.
E como sempre acontece nas grandes conquistas do Athletico, a emoção durou até o último instante. Nas arquibancadas, a emoção cedia espaço para o nervosismo. Aquela vitória, naquele jogo, jamais poderia escapar ao Furacão.
O cronômetro já marcava 47 minutos, quando o lateral-esquerdo Vanin recebeu na meia esquerda, adiantou e bateu cruzado. Mas quando todos esperavam mais uma bola levantada na área, a mágica aconteceu.
Com uma curva inesperada, a bola tomou a direção do arco adversário e entrou na gaveta! Loucura completa nas arquibancadas. Com aquela comemoração, a Arena estava devidamente inaugurada!
Foto: Sergio Sade
Na história: Athletico Paranaense 2×1 Cerro Porteño
Amistoso Internacional – Inauguração da Arena
Data: 24/06/1999
Local: Estádio Joaquim Américo
Árbitro: Ivo Tadeu Scatolla
Athletico Paranaense: Flávio; Luisinho Netto (Alberto), Marcão (Douglas), Gustavo e Vanin; Clóvis, Renato (Kléber), Ricardo Miranda (Sidney) e Adriano; Lucas e Kelly (Kleberson)
Técnico: Antonio Clemente
Gols: Lucas, aos 13’ do 1º tempo e Vanin, aos 47’ do 2º tempo
Cerro Porteño: Bombadilla; Recaldi (Escobar), Peralta, Denise e Aguillera; Blanco, Cohener, Román (Sara) e Jorge Campos (Gómez); Gauchinho (Fernández) e Cabañas (Domínguez)
Técnico: Carlos Baez
Gol: Gauchinho, aos 7’ do 2º tempo
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