Ele trouxe a certeza de ter feito a melhor escolha. E a vontade de marcar muitos gols pelo Furacão! Gonzalo Mastriani se apresentou nesta segunda-feira (29) no CAT Caju, assinou contrato até o final de 2026 e recebeu a camisa rubro-negra número 9.

O atacante uruguaio chega para ser uma das referências ofensivas do Athletico. Aos 30 anos, quer fazer de seu período no clube o ponto alto de uma carreira com vasta experiência internacional.

“Foi uma novela, levou bastante tempo, mas no final terminou dando certo. Era o que todas as partes queriam e estou muito feliz por estar aqui. O Athletico foi o primeiro clube a me procurar e isso foi muito importante para mim. Tudo o que me foi falado de bom do Athletico, nos poucos minutos que tenho aqui, dá para perceber. As metas, a ambição, tudo o que o Athletico quer conseguir neste ano tão importante para instituição… Isso me fez tomar a decisão de vir para cá”, diz o artilheiro.

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A primeira impressão

Em sua chegada à nova casa, Mastriani ficou impressionado com a estrutura do CAT Caju.

“Fiquei maravilhado. É uma estrutura tremenda, muito grande. Muita gente me falou muito bem disso, da tecnologia… De tudo o que o Athletico vem melhorando nestes anos. É muito importante para o jogador e isso fez com que eu tomasse a decisão com mais convicção. A expectativa é altíssima. Espero que seja um ano muito grande e que o primeiro gol saia logo, para eu poder festejar com a torcida”, afirma.

Do início aos cinco gols

Mastriani traz ao Athletico a experiência adquirida ao longo 13 anos como atleta profissional. E o conhecimento adquirido em clubes do Uruguai, Itália, Eslovênia, Portugal, México, Equador e Brasil.

“Na Europa e no México, eu ainda era muito jovem. Com o decorrer do tempo, amadureci muito e cresci como pessoa e como jogador. Foram experiências que me educaram muito e me trouxeram até onde eu estou hoje. Hoje estou muito feliz em jogar no Brasil. Encontrei um lugar que se adapta ao meu futebol e tento melhorar a cada dia com isso”, diz.

O novo 9 do Furacão também falou sobre como foi marcar cinco gols na mesma partida. O feito alcançado na semana passada, com a camisa do América Mineiro, na vitória de 6 a 0 sobre o Pouso Alegre, e repercutiu em todo o Brasil.

“Foi uma sensação estranha. Foi muito rápido, porque eu já tinha conseguido quatro gols no primeiro tempo. Foi lindo. Muita gente falou disso e não é algo fácil de conseguir. Acho que estava no dia certo e meus companheiros também fizeram um grande jogo. Fiquei muito feliz por iniciar o ano desta maneira, que deu muita expectativa para a temporada”, contou.

Homenagem na comemoração

Mastriani tem uma comemoração que se repete a cada gol marcado: os braços cruzados sobre o peito. Uma referência ao filme “Pantera Negra” e uma homenagem a um amigo que partiu cedo demais.

“Os braços cruzados são ‘Wakanda forever’. É uma dedicatória que faço a meu melhor amigo, Maximiliano Pereyra, que faleceu há três anos em um acidente trágico. Ele era fanático pelo filme e pelo ator. Se achava muito parecido. Então. é uma homenagem que eu faço a ele a cada vez que faço gol”, revela.

Quando faz o gesto, Mastriani deixa à mostra a tatuagem de uma caveira de cartola na mão esquerda.

“Tenho essa tatuagem faz muito tempo. É uma caveira alegre. Sabia que é o símbolo da torcida. Muitos me falaram disso. Acho que é um bom paralelo. Chegar aqui, fazer minha comemoração para meu irmão e que ainda tenha a ver com a torcida é algo especial, que vem muito junto”, acredita.

A camisa celeste

Mastriani contou também que já tinha uma camisa do Athletico em casa. A azul celeste, do uniforme número 2 do Furacão.

“É linda, da cor da seleção. Um companheiro que jogava comigo no América, o Wanderson, me falou sobre a camisa, que era representativa do Uruguai, e pedi a ele para conseguir uma para mim. Então. tenho uma na minha casa. Agora vou ter com meu nome e número, muito melhor ainda”, disse.

Recado para a torcida

O novo artilheiro rubro-negro quer repetir agora golaços como o que marcou no ano passado, na Ligga Arena. Na vitória do Furacão sobre o América Mineiro por 3 a 2, pelo Brasileirão, ele mandou uma bomba de fora da área que entrou na gaveta.

“Vai ser muito bom jogar lá, agora com o apoio da torcida. Naquele momento, fiz o gol e não sabia para onde correr. Foi um gol de longe, o estádio estava cheio… Agora, festejando com a torcida, tenho certeza que será muito melhor. Trabalho, dedicação, raça não vão faltar nunca. Comprometimento, profissionalismo… E espero que muitos gols”, conclui.

Fotos: José Tramontin/athletico.com.br