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Paulo Miranda relembra 20 anos de história com o Atlético Paranaense
Os jovens atletas do Atlético Paranaense contam com a orientação e os conselhos de uma figura marcante da história do Furacão. Paulo Miranda de Oliveira, hoje integrante da comissão técnica da categoria Sub-19, vestiu por pouco tempo a camisa rubro-negra como jogador, mas deixou sua marca ao participar de uma importante conquista atleticana.
A chegada de Paulo Miranda ao Rubro-Negro completa 20 anos. Foi em 1997 que o volante desembarcou no antigo Estádio Joaquim Américo. Nas duas temporadas em que atuou pelo Atlético Paranaense, viu de perto a transformação vivida pelo Clube e foi peça fundamental na conquista do título do Campeonato Estadual de 1998.
Ele conta que realizou um sonho de infância ao assinar o contrato com Furacão. “A primeira coisa que pensei quando cheguei aqui foi que estava vestindo a camisa do meu time de criança. Ganhei minha primeira camisa do Atlético do meu pai quando eu tinha oito anos. Eu só pensava em conquistar um título pelo meu time de coração. E isso aconteceu em 1998”, contou.
Mudanças
Na chegada ao Rubro-Negro, Paulo Miranda foi testemunha das grandes transformações que o Clube passava. “Estavam demolindo o antigo estádio e a gente ainda treinava lá. Tenho um quadro com uma foto segurando uma marreta”, recordou.
“Alguns treinos aconteciam em campos alugados e também aqui no CAT, que o Clube havia acabado de comprar. Mas ainda existiam poucos campos e uma estrutura muito menor que a de hoje. São histórias maravilhosas e vendo essa grande potência que é hoje o Atlético. Fico muito feliz por ter vivido tudo isso”, afirmou.
Campeão
O Furacão havia conquistado o título de Campeão Brasileiro da Série B em 1995. Mas o título estadual não vinha desde 1990. E, em 1998, o time chegou à decisão contra o Coritiba. Foram três clássicos contra o rival: um empate em 1 a 1 no Couto Pereira, uma goleada atleticana por 4 a 1, no Pinheirão, e mais uma vitória atleticana, por 2 a 1, no jogo que assinalou o recorde de público do estádio da Federação Paranaense de Futebol e garantiu o troféu.
“Foi incrível viver isso, diante dessa torcida maravilhosa. O que lembro com mais saudade é aquele segundo jogo no Pinheirão, quando conquistamos o título, e toda a festa depois, olhando a Praça do Atlético lotada, com a torcida cantando o hino. Aquilo me arrepiou e não esquecerei nunca”, recordou Paulo Miranda.
Fora dos gramados
O volante deixou o Atlético Paranaense no final 1998. Passou por diversos clubes brasileiros e pelo futebol francês antes de encerrar a carreira, em 2010. Mas sua história no Furacão não acabaria por aí. Ele se preparou para exercer outras funções dentro do mundo do futebol e, no começo de 2016, voltou ao CAT Alfredo Gottardi como membro da comissão técnica.
“O atleta acha que ao encerrar a carreira pode trabalhar em qualquer clube. Mas na verdade têm que se especializar, aprender com os profissionais com quem convive e assim também pode passar toda a experiência que viveu dentro de campo”, afirmou.
Hoje, Paulo Miranda transmite seu aprendizado dentro e fora dos gramados aos jovens da categoria Sub-19 do Furacão. “Ter sido jogador ajuda muito nesse relacionamento com eles. A gente já conhece. Tem essa familiaridade e consegue passar as orientações”, ressaltou.
Paixão
Mesmo com todo profissionalismo, Paulo Miranda destaca a paixão pelo Furacão. “É preciso ter um pouco de cautela. Há pouco tempo, teve um jogo contra o Coritiba que nós marcamos aos 44’ do segundo tempo. Eu saí correndo, comemorando como um louco. Isso é o Atlético para mim”, concluiu.