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Pela #GlóriaEterna: Do México para a decisão!

Foto: Orlando Kissner

O Furacão está na final da CONMEBOL Libertadores! No dia 30 de junho de 2005, a notícia soava como um sonho. Em um jogaço contra o Chivas Guadalajara, no México, o Athletico conquistou, pela primeira vez, a classificação para a decisão mais importante das Américas.

O Rubro-Negro havia vencido a primeira partida da semifinal por 3 a 0, em Curitiba. Mas ainda precisava superar um desafio nada simples: segurar o melhor time do México, diante de 60 mil pessoas, no histórico Estádio Jalisco.

E foi com um heróico empate em 2 a 2 que o Furacão assegurou seu lugar na final. E para recordar aquela jornada imortal, ninguém melhor que o artilheiro da noite: o atacante Lima, autor dos dois gols rubro-negros naquela partida.

Festa vermelha e preta no caldeirão mexicano

Para tentar reverter a vantagem construída no primeiro jogo, o Chivas não tinha alternativa. Desde o primeiro instante, partiu com tudo para cima do Athletico. E aos 24′, conseguiu chegar ao gol, marcado pelo atacante Palencia.

Mas a pressão do time da casa parou em um paredão. Com uma atuação histórica, Diego foi um gigante em frente ao arco rubro-negro, barrando as principais investidas do poderoso ataque do time casa, base da seleção mexicana.

Depois do intervalo, o Rubro-Negro voltou a campo com outra postura. Adiantando a marcação, evitava que o Chivas chegasse com tanta frequência ao ataque.

E aos 22′, o Furacão encaixou um ataque perfeito. Aloísio tocou para Marcão, que avançou pela esquerda e cruzou rasteiro na medida para Lima, que entrava livre pelo meio da área. 

O balde de água fria que apagou de vez o fogo do caldeirão mexicano veio aos 35′. Com o Chivas todo no ataque, Lima roubou a bola no meio, atravessou metade do gramado com ela dominada, tirou do zagueiro e bateu rasteiro da entrada da área. 

“Eu peguei a bola no meio de campo, fui levando, levando e consegui marcar. Os torcedores do Chivas começaram a jogar copos em mim, com água, cerveja, e eu mandando eles calarem a boca”, lembra Lima.

A equipe local ainda conseguiu empatar o jogo, com um gol de pênalti, já no final. Mas ninguém poderia tirar o Athletico daquela decisão. 

“Fiquei muito feliz por ter feito dois gols na semifinal. Depois foi só alegria dentro do vestiário e na volta para Curitiba também. Me sentia com o corpo leve, com o dever cumprido. Depois de 17 anos todos lembram que a gente fez história”, diz o artilheiro.

Atualmente, Lima é observador técnico e embaixador da Escola de Futebol Furacão. Em meio às viagens pelo país, visitando as unidades do projeto athleticano, ele vibra com um novo momento mágico do Athletico na CONMEBOL Libertadores.

“Estou desejando tudo de bom para os jogadores de hoje. Espero que façam história também e sejam campeões. Estou na torcida por vocês”, afirma.

Na história: Chivas Guadalajara 2×2 Athletico Paranaense
CONMEBOL Libertadores 2005 – Semifinal – Jogo de volta 
Data: 30/06/2005 (quinta-feira) 
Horário: 22h 
Local: Estádio Jalisco, em Guadalajara (México) 
Árbitro: Carlos Torres (Paraguai) 
Assistentes: Nelson Cano (Paraguai) e Nelson Servian (Paraguai)

Chivas Guadalajara: Oswaldo Sánchez; Rafael Medina, Maza Rodríguez, Johnny García e Carlos Salcido; Ramón Morales (Alejandre Vela), Manuel Sol, Juan Pablo Alfaro (Oribe Peralta) e Alberto Medina (Jonny Magallón); Francisco Palencia e Omar Bravo 
Técnico: Benjamin Galindo 
Gols: Francisco Palencia, aos 24′ do primeiro tempo; Francisco Palencia, aos 40′ do segundo tempo 
Cartões amarelos: Juan Pablo Alfaro e Manuel Sol

Athletico Paranaense: Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito (Tiago Vieira), Alan Bahia, Fabrício e Fernandinho (André Rocha); Lima (Ticão) e Aloísio 
Técnico: Antônio Lopes 
Gols: Lima, aos 22′ e aos 35′ do segundo tempo 
Cartões amarelos: Marcão, Danilo, André Rocha e Ticão 

O Athletico na CONMEBOL Libertadores de 2005 

A disputa começou com um susto e uma classificação sofrida em um grupo que também tinha o paraguaio Libertad e os colombianos Independiente Medellín e América de Cali.

Após passar pelo Cerro Porteño nas oitavas de final, o Furacão enfrentou o Santos nas quartas. No primeiro duelo, em um jogaço no Caldeirão, o Rubro-Negro venceu por 3 a 2, com gols de Evandro, Marcão e Lima. E na volta, na Vila Belmiro, o Furacão voltou a soprar: 2 a 0, com dois gols de Aloísio.

A semifinal foi contra os mexicanos do Chivas Guadalajara. Na primeira partida, 3 a 0 na Arena, com gols de Aloísio, Fernandinho e Fabrício. A volta foi no estádio Jalisco e a classificação veio com um empate em 2 a 2, com Lima marcando duas vezes.

Pela primeira vez, o título da Libertadores foi decidido em um duelo entre dois clubes brasileiros. O adversário foi o São Paulo. Mas o momento histórico foi manchado por uma manobra de bastidores, que impediu o Furacão de jogar em seu estádio a primeira partida. No Beira-Rio, em Porto Alegre, o time rubro-negro ficou no empate em 1 a 1. E no jogo final, no Morumbi lotado, o Athletico acabou superado pelo rival.

Primeira fase 
15/02/2005 – Independiente Medellín 2×2 Athletico 
01/03/2005 – Athletico 1×0 Libertad 
10/03/2005 – América de Cali 3×1 Athletico 
14/04/2005 – Athletico 2×1 América de Cali 
20/04/2005 – Libertad 1×2 Athletico 
10/05/2005 – Athletico 0x4 Independiente Medellín

Oitavas de final 
19/05/2005 – Athletico 2×1 Cerro Porteño 
26/05/2005 – Cerro Porteño 2×1 Athletico 
*Classificação nos pênaltis

Quartas de final 
01/06/2005 – Athletico 3×2 Santos 
15/06/2005 – Santos 0x2 Athletico

Semifinal 
23/06/2005 – Athletico 3×0 Chivas Guadalajara 
30/06/2005 – Chivas Guadalajara 2×2 Athletico

Final 
06/07/2005 – Athletico 1×1 São Paulo 
14/07/2005 – São Paulo 4×0 Athletico

Fotos: Orlando Kissner

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