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Revolução no Athletico começou há 25 anos, com comissão gestora liderada por Petraglia
O dia 26 de maio de 1995 é um marco na história do Furacão. Há exatos 25 anos, Mario Celso Petraglia assumia o comando do Clube, junto com diretores que lá estavam. À frente do Furacão, Petraglia liderou uma revolução que transformou totalmente o Rubro-Negro nos aspectos esportivo, financeiro e patrimonial.
A articulação para implantar uma nova gestão no Athletico ainda em 1995 começou após o famoso Athletiba da Páscoa. No dia 16 de abril, o Rubro-Negro foi goleado por 5 a 1 pelo rival. Além do vexame dentro de campo, o Clube sofria com uma terrível crise financeira e estava na Série B do Campeonato Brasileiro.
No dia 17 de maio, o então presidente Hussein Zraik renunciou. Um último sacrifício de quem se dedicou totalmente ao Athletico, mas não conseguiu superar os imensos desafios que envolviam a simples sobrevivência do Clube.
Em 26 de maio de 1995, o Conselho Deliberativo presidido por José Henrique de Farias deu posse à nova comissão gestora.
Era formada por Mario Celso Petraglia, Enio Fornea, Ademir Adur, José Henrique de Farias, Ademir Gonçalves, Eliomar Ribeiro, José Carlos Farinhaque, José Hélio Drabeski, Edílson Thiele e Givan Bueno.
Todos já faziam parte da antiga gestão do presidente Hussein Zraik. A única novidade foi o comando, com Mario Celso Petraglia na presidência.
Petraglia não desejava o cargo, pela responsabilidade e pela situação quase insustentável. Aceitou assumir porque, após o fatídico clássico da Páscoa, empenhou sua palavra de que a torcida athleticana não passaria novamente por aquele vexame.
O que veio a seguir foi a maior transformação já vivida por um clube de futebol. Ainda em 1995, o Athletico foi campeão brasileiro da Série B, voltando à primeira divisão nacional.
Em pouco tempo, sanaria as finanças, construiria o CAT do Caju, a Arena, chegaria à CONMEBOL Libertadores e seria campeão brasileiro em 2001! Petraglia daria como cumprida a sua missão.
Em 2002, houve uma ruptura com os diretores da velha gestão, com a renúncia de MCP do Conselho. A torcida fez o movimento “Fica, Petraglia” e ele acabou ficando, com um novo grupo de diretores que o acompanhou até 2008, quando aconteceu nova ruptura política.
Eleitos para a gestão 2009/2011 com a ajuda de Petraglia, o traíram no dia da posse. Criaram a administração “+ chuteiras e – tijolos”, buscaram o apoio da torcida com promessas que jamais cumpririam. Caíram para a Segunda Divisão depois de 16 anos no grupo de elite do futebol brasileiro.
Com essa nova queda, Mario Celso Petraglia se viu obrigado a voltar à presidência para concluir o estádio FIFA para a Copa do Mundo de 2014. Os gestores haviam praticamente renunciado à participação do CAP no Mundial.
Era só o recomeço de uma nova revolução, que se mostrou permanente.
Desde então, mesmo com alguns percalços políticos extra-campo, o Athletico segue crescendo, inovando, transformando-se e conquistando seu lugar de protagonista no futebol nacional.
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ISRAEL JR ALMEIDA
4 anos