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Rui Gottardi, lenda viva do Furacão de 1949, doou foto rara ao Athletico Paranaense
O Athletico Paranaense recebeu, nesta sexta-feira (4), a ilustre visita de um doutor em futebol. Rui Gottardi, meia-direita do lendário Furacão de 1949, doou para o acervo do Clube uma foto rara do timaço que, há 70 anos, marcou a história rubro-negra.
Rui, de 91 anos, esteve acompanhado da esposa Lobe Silva Gottardi, companheira inseparável desde 1953. Foi ela quem convenceu o marido a doar o antigo quadro. A imagem mostra o time titular do Furacão, com Waldir, Nillo, Wilson, Waldemiro, Laio, Sanguinetti, Viana, Rui, Neno, Jackson e Cireno.
“Essa foto foi tirada no campo do Coritiba, quando ganhamos por 5 a 1”, contou Rui. “Já era o Furacão. Isso surgiu em um jogo anterior, na Baixada. Saía um gol atrás do outro e na torcida alguém gritou: ‘É um furacão!’. E assim ficou, até hoje”, disse.
Assim como toda a família Gottardi, Rui tem no sangue o DNA rubro-negro. Ele é filho de Alberto, goleiro nos anos 1920 e 1930, e sobrinho de Caju, que substituiu o irmão e defendeu a meta athleticana por 16 anos.
“No Athletico só tinha craque. Viana, Villanueva, Batista, Lupércio, Bento… Depois, vieram Cireno, Jackson, Neno, Sanguinetti… Era um time que, quando entrava em campo, podia dar dois de lambuja pro adversário”, destacou Rui.
No meio de tantas feras, Rui não ficava para trás. Pela raça e versatilidade, ficou conhecido como “Maquininha do Furacão” e “Garoto de Ouro” da Baixada.
No dedo anelar, junto à aliança que sela o casamento de 65 anos com Lobe, Rui ainda usa o anel entregue pelo Clube aos campeões de 1949. E não esquece da festa organizada pelo então diretor Jofre Cabral e Silva, em que recebeu o grau de doutor em futebol.
“Põe festa nisso. Eu saí às cinco da manhã e ainda tinha baile. Veio até o Luiz Gonzaga com a sanfona… O Jofre era fogo!”, brincou.
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NERILDO DAL PRA
6 anos
GRAYCE KELLY GOTTARDI
6 anos
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6 anos