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Santos 250 jogos: Tem certeza de que você sabe tudo sobre o goleirão rubro-negro?

Créditos: José Tramontin/athletico.com.br

Vem cá. Nós já sabemos que você é super fã do nosso goleiro Santos. E óbvio que concordamos muito com você, pois o nosso camisa 1 é mesmo um goleiraço!

Certamente, você já sabe muito bem também que o nosso Santos está entre os maiores goleiros da história do Athletico Paranaense. Uma bela história, aliás, que pode chegar a 250 jogos neste fim de semana.

O jogo 250 do goleiro Santos tem tudo para ser no encontro deste sábado (30), quando o Rubro-Negro recebe o Santos Futebol Clube, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Jogo que você pode acompanhar no Estádio Joaquim Américo ou então assistir ao vivo aqui pelo Furacão Live!

Mas o que você ainda não sabe do nosso goleiro?

Tá legal. Claro que você já sabe que o goleiro Santos vai se consolidar como o segundo jogador do nosso atual elenco principal com mais partidas disputadas pelo clube. Ele fica atrás dos 303 jogos de Nikão e está logo à frente de Thiago Heleno, que fecha o pódio com 236 duelos vestindo a camisa athleticana.

Você também já sabe que Santos acumula grandes títulos com a gente. E que com a Seleção Brasileira ele conquistou medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Um belo currículo de uma carreira já bastante vitoriosa no futebol.

Mas muitas coisas que fazem de Santos um ídolo nem sempre vão a campo. Ou nem todo mundo sabe que elas compõem um pouco da vida desse ídolo rubro-negro.

Conversamos com o nosso goleiro e descobrimos algumas delas. E como não poderia ser diferente, vamos compartilhar tudo aqui com você também!

Ah, tem também uma ENTREVISTA ESPECIAL no Furacão Live! Clique aqui para assistir tudo!

01. COMO FOI O PRIMEIRO DIA EM CURITIBA?

Santos é jogador do Athletico Paranaense desde 23 de março de 2008. E acredite, ele se lembra muito bem do primeiro dia [tenso] que viveu aqui na capital paranaense. Vai vendo…

“Foi difícil. Cheguei a Curitiba já no período da noite. E fazia muito frio naquele dia”, conta Santos. “Lembro ainda que isso me assustou muito, pois de onde eu vinha estava muito quente. Tanto que tive que comprar todos os meus agasalhos aqui, porque minhas roupas que trouxe do Nordeste eram completamente diferentes”, relembra o camisa 1.

O tempo passou. Santos segue com um carinho enorme pela terra natal dele. Mas Curitiba definitivamente conquistou um espaço generoso no coração do nosso goleiro.

“Hoje sou muito feliz e grato por viver em Curitiba”, afirma Santos. “Já são quase 14 anos aqui na cidade. Me sinto inclusive um curitibano já. Algo que é fruto de tudo de bom que vivi e tenho vivido aqui no Athletico. Quando encerrar minha carreira no futebol, quero inclusive em morar aqui na cidade. Uma cidade muito boa e muito bonita”, elogia.

02. O CARRO DA FAMÍLIA

Você sabia que foi o goleiro Santos que comprou o primeiro carro da família dele na Paraíba? Sim, foi ele mesmo.

Para quem ainda não sabe, Santos vem de uma família muito humilde. Pai, mãe e irmãos vivem até hoje em Cabaceiras, na Paraíba – 180Km da capital João Pessoa. Nosso arqueiro cresceu ao lado deles em uma propriedade rural ali no interior paraibano antes de seguir a carreira no esporte.

Uma família que sempre trabalhou duro e que ajudou muito Santos a seguir firme na luta pelo sonho em ser jogador de futebol. E como não poderia ser diferente, os laços com quem ficou lá seguem muito forte com Santos, que agora vive em Curitiba ao lado da esposa e das duas filhas do casal.

“Infelizmente, meus pais nunca haviam tido a possibilidade de ter um carro deles”, relata Santos. “Então, assim que tive condições, pude ter essa honra de presenteá-los com um carro para que eles pudessem trabalhar e fazer as coisas deles no dia a dia. Fiquei muito feliz quando pude finalmente ajudá-los nessa conquista”, comenta.

03. QUEM LEVOU SANTOS PARA O PRIMEIRO TESTE?

O goleiro Santos deu os primeiros chutes e fez as primeiras defesas ainda na infância, nas brincadeiras com os primos nas areias que margeiam o Rio Taperoá, em Cabaceiras. O sonho no futebol nasceu ali.

O menino foi crescendo. Passou a jogar nas escolinhas de futebol da cidade. E o talento não ficou sem ser notado. O professor de Educação Física da escola em que Santos estudava na cidade organizava excursões com os alunos nas cidades vizinhas. Também colocava a meninada para jogar pela instituição.

“Isso foi muito importante não só para mim, mas para muitos outros meninos da minha idade. Porque tirava muita gente da rua”, relembra Santos sobre a proposta pedagógica da escola dele à ocasião. Mal sabia ele que a brincadeira de escola o ajudaria a ser mais tarde um dos principais goleiros do país na atualidade.

Após uma dessas excursões, Santos conseguiu um teste no Treze (PB). Agradou. Mas não havia possibilidade de Santos ficar alojado no clube. Ele até tentou seguir a rotina diária de treinos e jogos, mas a distância até a casa dele e a realidade que vivia eram algo bastante impeditivo.

Mas desistir estava longe de ser uma possibilidade. Eis então que o técnico Dario [Sebastião Murilo], treinador bastante conhecido no Nordeste e que comandava as equipes de formação do Treze à época, sugeriu que o menino fosse ao Porto, equipe de Caruaru (PE). Quem sabe lá, Santos ficaria alojado e poderia se dedicar integralmente ao futebol.

Santos seguiu o conselho. E deu certo. Não precisou de muito tempo para o jovem arqueiro ser aprovado no time pernambucano. Pouco tempo depois, aos 18 anos de idade, ele já era atleta das equipes de formação do Athletico Paranaense. O resto da história, todos nós já conhecemos muito bem.

04. FIGURINHA DO GOLEIRO DIDA EM CASA

E por falar em infância, você sabia que uma das referências do goleiro Santos no futebol foi o goleiro Dida? Sim estamos falando do mesmo Dida, goleiro hoje aposentado, que defendeu a Seleção Brasileira entre 1995 e 2006 e que foi um dos ídolos do Milan, da Itália. Também defendeu Lugano (Suíça), Vitória (BA), Corinthians, Cruzeiro, Grêmio e Internacional.

“Dida foi o goleiro que mais me impressionou até hoje”, conta Santos. “Um goleiro que tinha um olhar diferenciado e, principalmente nos momentos decisivos, fazia tudo muito bem e de uma maneira simples e eficiente”, elogia o goleiro athleticano quanto à discrição, frieza, técnica e poder de concentração do ex-colega de profissão.

“O Dida é um cara em que me espelho bastante e por quem tenho uma grande admiração”, continua Santos. “Tenho uma camisa dele, da época em que ele ainda jogava pelo Internacional. Para mim, essa camisa é um troféu que guardo com muito carinho. Tenho também até hoje uma figurinha dele do álbum do Campeonato Brasileiro”, revela. A figurinha é do álbum do Campeonato Brasileiro de 1997, quando Dida ainda defendia o Cruzeiro.

05. SANTOS NA FÓRMULA 1?

Desde abril que o Athletico Paranaense não tem uma daquelas consideradas “semanas cheias”. Você sabe, né? Semana cheia é aquele período quando há, pelo menos, uma semana de intervalo entre um jogo e o próximo. Sim, desde então o tempo de descanso do time athleticano tem sido bem curto.

Mas quando descansar é possível em meio à agenda cheia de treinos, jogos, concentrações e viagens, o goleiro Santos aproveita para ficar em casa e curtir momentos de alegria ao lado das duas filhas e da esposa.

Nosso goleiro também é daquelas pessoas que gostam de renovar as energias na fé. Gosta de sair com a família para momentos de reflexão e orações na igreja, por exemplo.

Mas calma, que não para por aí. Quando o tempo permite, os jogos eletrônicos também fazem o jogador relaxar um pouco. E se engana quem pensa que ele fica só no futebol.

“Quanto tenho um tempinho para tirar pra mim, gosto de jogar um pouco de videogame”, conta Santos. “Tenho lá em casa um simulador de caminhão e um jogo de Fórmula 1. Eles são muito bons e me ajudam a relaxar bastante”, diz.

06. MOMENTO DE FÉ NA LINHA DO GOL

Se você puder, reveja cada um dos 249 jogos do arqueiro rubro-negro com o Athletico Paranaense até aqui. Ou então repare bem neste 250º. A cena é praticamente a mesma. Em todos eles, você irá ver o goleiro Santos em um momento de fé, ajoelhado na linha do gol em oração antes de a bola rolar e logo após o fim da partida.

Mas qual seria o pedido de um goleiro de alto nível e realizado como Santos? A vitória? O título?

Bem, a explicação do nosso camisa 1 o torna ainda mais especial e mostra um pouco do bom caráter que o torna o grande ser humano que ele é.

“Nesse momento ali, peço principalmente, proteção”, revela Santos. “Não apenas proteção para mim, mas proteção também para meus companheiros e até mesmo para os nossos adversários. Todos nós em campo dependemos do nosso corpo para trabalhar, para sustentar as nossas famílias. E tanto no nosso lado como no outro, há pais de família que precisam do trabalho. Então proteção é o que mais o que peço nesses momentos”, afirma.

07. E SE O SANTOS NÃO FOSSE GOLEIRO?

Você já parou para pensar qual seria a posição de Santos em campo sem ser no gol? Também ficamos bem curiosos e aproveitamos para perguntar ao nosso goleiro, 249 jogos depois da estreia dele como profissional, se ele teria alguma outra posição na linha em que gostaria de jogar ou que talvez tivesse investido se não fosse goleiro.

“Acho que eu jogaria mais do meio de campo para trás”, conta Santos com bom humor. E o nosso arqueiro aproveita a descontração da pergunta para ir além e contar sobre um bate-papo de goleiro para goleiro, que teve esses dias com o também goleiro rubro-negro Bento.

“Falei bem assim para ele: ‘Bento, qual deve ser a emoção de fazer um gol? Porque evitar o gol adversário, nós já sabemos como que é. Mas como deve ser a emoção de fazer um gol?’”, conta Santos em meio à curiosidade quanto à emoção de um momento bastante comum aos homens de frente do time.

“Mas a verdade é que nós goleiros nascemos para defender. E essa emoção de defender é a que corre nas nossas veias. É algo que, para nós goleiros, é emocionante mesmo”, explica Santos. “Então deixa essa tarefa de fazer gols com os especialistas ali na frente mesmo. Aí na hora do ‘rachão’, aproveitamos um pouco para brincar de atacante ou onde você se encaixar melhor ali”, encerra.

Fotos: José Tramontin/athletico.com.br

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