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Vitorioso no futebol e na vida! A história do athleticano Rodolfo

Créditos: Arquivo pessoal

A emoção de uma partida de futebol e da torcida pelo clube do coração não têm limites. E a paixão pela bola e pelo Athletico Paranaense são uma das maiores alegrias da vida de Rodolfo Cesar Kotsko, um jovem de 25 anos que vive em Prudentópolis (PR).

Rodolfo é portador de uma síndrome genética rara, sem denominação, que lhe traz uma deficiência mental. Na cidade do interior do Paraná, ele é conhecido por sua devoção ao esporte e ao Furacão.

“O tio dele era athleticano. Sempre usava a camisa e apresentou a ele o time do coração. Também temos amigos que são athleticanos e ele se tornou um torcedor apaixonado”, conta a mãe de Rodolfo, Eliana Gomes Kotsko.

“Ele adora futebol. Moramos em uma chácara e, quando meu marido chega do trabalho, ele está com a bola debaixo do braço e com a camiseta do Athletico”, diz Eliana.

A APAE de Prudentópolis, instituição de referência no apoio às pessoas com deficiência na região, é a segunda casa de Rodolfo há 20 anos. Atualmente, as aulas presenciais estão suspensas devido à pandemia da COVID-19.

“A estrutura da APAE é excelente, com piscina aquecida e ginásio de esportes. Eles tinham treinamento esportivo uma vez por semana, com aulas de futebol. O Rodolfo nem conseguia almoçar, porque sabia que à tarde voltaria para o treino”, conta Eliana.

Com a bola rolando, Rodolfo não encontra barreiras. Para Eliana, a alegria e o entusiasmo de seu filho com o esporte mostram como o futebol é uma ferramenta poderosa de inclusão para as pessoas com deficiência.

“O futebol é o esporte mais inclusivo que existe. Quando ele joga, se torna o melhor jogador de todos os tempos. E está sempre com a camisa do Athletico, o time do coração, que ostenta com amor e orgulho”, diz a mãe de Rodolfo. 

Eliana integra a secretaria executiva da Federação das APAEs do Estado do Paraná (FEAPAES). Atualmente, trabalha na organização das atividades da Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, que acontece entre os dias 21 a 28 de agosto.

Para ela, o momento é ideal para ressaltar o papel que o futebol tem para a inclusão e o desenvolvimento das pessoas com deficiência.

“Assim como o futebol, eles têm seus dias de vitórias, quando conseguem pequenos avanços no desenvolvimento cognitivo e físico, mas que para eles e para os que o amam, têm o mesmo sabor de um grande título mundial”, afirma.

Um dos grandes sonhos de Rodolfo é conhecer o estádio do Furacão e assistir a um jogo das arquibancadas. Desejo que espera realizar quando houver o retorno do público aos jogos de futebol.

Enquanto isso, ele segue na torcida pelo Athletico, acompanhando todos os jogos.

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