O primeiro reforço do Athletico para 2020 chegou ainda em 2019. No dia 23 de dezembro, o Furacão anunciou o meio-campo Fernando Canesin.

Com contrato até dezembro de 2021, o jogador de 27 anos fez toda a carreira profissional na Bélgica. Chegou em 2009 por lá e passou por Anderlecht e Oostende.

Em um bate-papo com o Site Oficial, o “belga” contou um pouco mais sobre a experiência na Europa, revelou a escolha pelo número 55 e opinou sobre as possíveis semelhanças com outro meia do elenco. 

Site Oficial: Como foi esse período de 10 anos na Bélgica?
Fernando Canesin: Saí do Brasil muito cedo, né. Tinha 17 anos. Estou bem acostumado ao estilo de jogo e de vida da Bélgica. É um país que pretendo voltar depois da minha carreira.

Site: Quais as principais diferenças entre os países?
Canesin: A Bélgica é pequena. Com menos de duas horas de carro, eu estava fora do país. Já o Brasil é muito grande. Os brasileiros também são mais abertos. Aqui, nós temos o famoso arroz e feijão. Lá eu tinha isso porque comprava em supermercados, mas na casa dos belgas você não encontra.

Site: Quais jogos te marcaram nesse período no futebol belga?
Canesin: Meu primeiro jogo pelo profissional do Anderlecht, contra o Lokeren, em 2011. Teve também o meu primeiro gol como profissional, no final de 2011, contra o Lokomotiv Moscou. E outro jogo que não vou esquecer, foi quando já estava no Oostende, contra o Genk, que nós vencemos por 3 a 2. Eu fiz dois gols e dei uma assistência.

Site: Qual era sua comida preferida lá?
Canesin: Lá era muito batata frita, né? O arroz e feijão deles é batata frita (risos). Mas eu me controlava.

Site: Comeu muito waffle?
Canesin: É bom demais, com Nutella e morango (risos). Mas era algo que eu comia esporadicamente. E o crepe também era bom demais…

Site: Passava as férias no Brasil?
Canesin: Como eu ficava muito tempo longe da família, sempre ia para Ribeirão Preto, tanto nas férias como no final do ano, para aproveitar ao máximo. 

Site: O francês é uma das línguas faladas na Bélgica. Teve alguma palavra diferente ou difícil de aprender?
Canesin: Palavra difícil não. Mas quando eu respondo em português, eu penso em francês antes de responder. Para aprender o francês, também não foi difícil, devido à convivência com os outros jogadores.

Site: Você chegou por aqui e muitos torcedores falaram da sua semelhança com o Lucho…
Canesin: O Lucho é mais alto que eu, tem muito mais tatuagem e ele falou que eu preciso cortar um pouco o cabelo para ficar parecido com ele (risos). Algumas fotos são parecidas e lembram, mas deixo para vocês falarem se somos parecidos.

Site: Você escolheu a camisa 55 no Furacão. Tem algum motivo especial?
Canesin: É o ano de nascimento do meu pai. Eu perdi meu pai um pouco antes de ir para a Bélgica, quando eu tinha 16 anos. Quando perguntaram a camisa que eu queria usar, falei com a minha mãe. Ela me apoiou, eu escolhi a 55 e espero que me traga coisas boas.

Fotos: Miguel Locatelli/Site Oficial