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Feitos do presente e glórias do passado: de 1999 a 2019.
Não há dúvidas que a conquista da Copa do Brasil em 2019 é um dos três maiores títulos da história do Furacão, unindo-se aos épicos Brasileirão 2001 e Sula 2018.
Não foi fácil chegar nessa taça. Não eliminamos apenas o Fortaleza, mas sim o Fortaleza do Rogério Ceni, que viveu no tricolor cearense o período mais vencedor da história do clube.
Depois veio o Flamengo. E também não era qualquer Flamengo. Foi o rubro-negro carioca do Jorge Jesus, que mal chegou e já encantou a todos do país. Ainda tivemos que passar por uma péssima arbitragem no primeiro confronto. Gabigol já enfileirava tentos, e marcou um cá e um lá. Mas passamos e calamos o maior público que o Maracanã tinha visto em 2019 até então.
E veio o Grêmio. Que também não era qualquer Grêmio. Era o tricolor gaúcho de seu maior ídolo, Renato Portaluppi. Um empilhador de taças nos últimos anos. E passamos depois de estar dois tentos atrás.
Não foi nem um pouco fácil chegar nessa taça. Saímos na frente, mas ainda tivemos que encarar um Beira-Rio com recorde de público, onde o Colorado estava quase imbatível em 2019. E vencemos de novo, com direito a um gol antológico do título. Ou seja, trata-se de uma conquista absurdamente imensa.
Ainda assim, comparo a dificuldade esportiva dessa Copa do Brasil à da Seletiva 1999. Sei que um torneio com 30 anos de tradição obviamente é muito mais importante do que outro feito às pressas e que só teve uma edição. Mas pense, em 1999, a equipe comandada por Vadão precisou superar em mata-matas cinco times da série A antes de levantar a taça. Nessa Copa do Brasil, bastaram 4.
Nessa Copa do Brasil, passamos por Flamengo e Grêmio nos pênaltis. Na Seletiva, em caso de empate na soma dos placares, cairíamos automaticamente contra São Paulo e Cruzeiro, por estes terem melhor campanha no Brasileiro daquele ano.
Em 99, surramos o Coritiba por 4×1, o São Paulo por 4×2, o Cruzeiro por 3×0, sem falar que eliminamos a Portuguesa e o nosso atual vice Internacional. Com atuações inesquecíveis, foi em 99 que descobrimos que poderíamos vencer torneios contra os grandes do país. E agora, 20 anos depois, mostramos mais uma vez que tomamos gosto pela coisa.
Obrigado, Vadão.
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