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Mudança de Patamar

Saudações amigos Athleticanos!

Muito se falou, nos últimos dias, da “mudança de patamar”, e
acredito que, quando se perde,  pouco se reconhece o que já foi feito.

Tenho 40 anos de idade, e desde os 6 anos, portanto há 34
anos o Athletico faz parte da caminhada. Nesses 34 anos eu já torci em diversos
patamares de Athletico, lembro de quando eu torcia para não perder para os
ditos grandes, lembro de torcer para subir, e depois torcer para não cair, lembro
de torcer para não ficar atrás de outro paranaense em campeonatos nacionais,
torcer para ir o mais longe possível na Copa do Brasil, lembro de sonhar com o
dia em que o Athletico disputaria a Libertadores, e de repente, um dia, eu me
vi torcendo para ser campeão da Série B, e pouco tempo depois comemorando, em
2001, a Série A, eu torcia para o melhor time do Brasil, e não bastava comecei
gostar de frequentar a Libertadores, e fui vice campeões da competição mais difícil
do continente, e comecei a ir mais longe na Copa do Brasil,  se antes torcia para avançar agora me irrito
quando caio, disputei uma final e fui vice campeão, e ai de repente,  no ano passado, eu estava torcendo para ser campeão
continental, ser campeão da Copa Sul-americana. E eu fui, e foi sofrido, nos pênaltis,
num jogo que começou em dia e terminou em outro. E então eu encarei na Recopa o
River Plate, os Millonarios, este sim em outro patamar – 10 títulos em 5 anos,  sendo 7 títulos internacionais, 2 Libertadores,
3 Recopas, uma máquina, um dos elencos mais caros, aplicados e vencedores do
futebol sul-americano, na atualidade. E novamente torci, e como torci.

E amigos, esta Recopa foi um capítulo a parte, foram cerca
de 190 minutos de um combate franco aberto, sem domínio, sem distancia entre os envolvidos, onde nos primeiros 25
minutos eu medi forçar com um gigante, e o Marco semeou a esperança em meu
coração, e nos 135 minutos, entre Curitiba e Buenos Aires, seguintes torci sendo campeão, mas então veio o pênalti,
sem querer, sem culpados, e ironicamente o Lucho*, nosso capitão, que tantas
alegrias deu ao River no passado, novamente estampava um sorriso no rosto do torcedor de
nosso adversário, e então veio a sorte que deu uma piscadinha maliciosa para o
Athletico – Santos defende a bola vai na trave – mas se abraçou com o River –
Gol no rebote; e novamente, por mais 25 minutos, mediamos as forças com o
gigante, e foi apenas nos últimos cinco minutos deste combate que este monstro
do Futebol Sul-americano nos tomou a Taça, e pasmem, após tentarem nos sufocar
o jogo inteiro, foi em dois contra-ataques, que o gigante nos derrubou – nós estávamos em pleno Monumental e agredíamos, nos instantes finais, procurando  o golpe que traria a conquista … mas…
mudamos de patamar, hoje nós podemos nos chatear em sermos o segundo melhor
clube do continente.

E hoje eu acordei torcendo. Torcendo para mais noites como
esta, onde eu me igualo aos grandes, e sabendo que se ainda não escrevemos a nossa
história, seguimos torcendo para que nossa diretoria, nosso técnico, nossos
jogadores, continuem alcançando patamares ainda maiores.

Parabéns Tiago Nunes, diretoria e jogadores, é com muito orgulho que torço por todos, e cada um, de vocês!

SRN

Kleber

*Lucho: não quero ser mal interpretado aqui, porque a cara de poucos amigos que Lucho fez ao ser substituído, mostra que ele não estava nem um pouquinho contente com o que aconteceu – Parabéns Capitão.

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