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Paixão e Negócios

Postado por: HELCIO JOSE WEISS em 11 de outubro de 2017 09:30
“Hoje não poderemos ir ao jogo, nem eu nem meu filho, duas cadeiras vazias, uma pena. Poderiam encontrar alguma maneira para solucionar estes casos, obrigado.”

Este seu comentário Helcio, me remeteu a um raciocínio:

Este é o ponto.

Sob o aspecto financeiro e administrativo é isto o que importa. As duas cadeiras estão vendidas e a renda está garantida todos os mêses. Quanto a você usá-las ou não, não importa, sob este aspecto. Por isso a frase “O que paga a conta é Renda, não o Público”. Mas, no frigir dos ovos quem dá parte da Renda é o Público. Uma contradição.

Sob o aspecto de mercado, duas cadeiras vazias, apesar de pagas, diminui o fluxo de público ao local do evento, diminuindo a oportunidade de outras receitas (alimentação, bebidas, estacionamento, lojas e produtos dos patrocinadores), diminuindo, em consequência, o interesse para realização de outros eventos no local. O mercado visa os consumidores e nós estamos indo na contramão do mercado.

Sob o aspecto do futebol é péssimo que estas cadeiras estejam vazias, porque não há nada mais sem graça ou sem sentido do que uma partida de futebol sem TORCIDA.
A falta de TORCIDA chega a ser uma punição para um Clube ou Equipe pelo código do STJD.
A falta desta TORCIDA desestimula a equipe, os patrocinadores, faz perder o sentido de ter uma arena moderna, confortável e segura com capacidade para 43 mil lugares (Para quem?), acaba com o futebol ou qualquer evento que fizerem neste local. Já imaginaram um Pavarotti ou um MMA sem público.

Afinal, o futebol é, na sua essência, um esporte apaixonante que está inserido numa ou várias competições para uns (torcida), é um grande espetáculo para outros, ou ainda uma oportunidade de trabalho, uma atividade profissional, um laser, uma brincadeira, uma polêmica, um ódio reprimido, uma desavença, uma discriminação, lucro, prejuízo, despesa, receita, ou, não representa nada, para outro tanto.

A paixão e o negócio são dissociáveis. Hoje em dia, um depende do outro.

Assim como o Atlético depende da sua DIRETORIA para os negócios, depende da sua TORCIDA, para o seu (negócio maior) “futebol” prosperar.

Apesar dos avanços em todas as áreas da vida e dos negócios, a regra continua a mesma: “Só sobrevive quem tocar o seu negócio com paixão”.

E sem a UNIÃO de todos, meu! Não prospera.

Logo, logo o coxa e o Paraná vão estar a nossa frente enquanto ficarmos degladiando entre nós.

Comentários

GILMAR DE SOUZA COSTA
7 anos

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Perfeito o seu comentário Gabriel... A diretoria ou grupo político que comanda o Atlético nas últimas décadas, fez maravilhas para o clube, mas, depois de algum tempo no poder, sei lá porque, decidiu que a torcida do Atlético (toda a torcida, não só as organizadas) não era mais importante... O Atlético não quer torcedores, quer consumidores, esse é o nosso maior problema... Não adianta baixar preço do ingresso e mensalidade, se não mudar a mentalidade do relacionamento que a diretoria tem com a torcida...

PEDRO ODAYR BORGES PADILHA
7 anos

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Concordo com o texto inicial e com o comentário, agregando que sou sócio desde 2008, pagando ininterruptamente a mensalidade mesmo no período em que ficamos sem estádio. É triste ver que o espetáculo da torcida hoje é no lado de fora da Arena, na Praça Afonso Botelho. Aí sim, está a verdadeira alma e paixão rubro-negra, que, infelizmente, a insensibilidade da Diretoria do Clube tá fazendo morrer.

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